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Vitrais do Mosteiro da Batalha são os mais antigos do País, mas faltam técnicos e dinheiro

9 mar 2023 13:20

O Centro de Conservação e Restauro do Vitral do Mosteiro da Batalha é único em Portugal, no entanto, a oficina está parada na maior parte do tempo. Especialista diz que o Estado precisa de fazer mais

Assim que a Igreja ficou terminada, por volta de 1440, está documentada a presença de vitralistas
Assim que a Igreja ficou terminada, por volta de 1440, está documentada a presença de vitralistas
Ricardo Graça
Pedro Redol, especialista em vitrais e conservador no Mosteiro da Batalha
Pedro Redol, especialista em vitrais e conservador no Mosteiro da Batalha
Ricardo Graça
Vitral do Mosteiro da Batalha datado de 1508
Vitral do Mosteiro da Batalha datado de 1508
Ricardo Graça
Pormenor de outro vitral do Mosteiro da Batalha, este do século XV
Pormenor de outro vitral do Mosteiro da Batalha, este do século XV
Ricardo Graça
O monumento atrai mais de 400 mil visitantes por ano
O monumento atrai mais de 400 mil visitantes por ano
Ricardo Graça

Pioneiro na produção de vitrais em Portugal, há mais de 500 anos, o Mosteiro da Batalha é, na actualidade, a principal fonte de conhecimento sobre vitrais no País e alberga os mais antigos vitrais em território nacional, que datam do século XV.

A oficina do Centro de Conservação e Restauro do Vitral continua operacional e vai receber obras no contexto do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, embora subaproveitada, por défice de orçamento e recursos humanos. O único conservador, Pedro Redol, acumula com a direcção do Centro de Informação e Documentação.

“Era importante que tivéssemos, pelo menos, um conservador restaurador de vitrais”, admite o especialista em História da Arte ao JORNAL DE LEIRIA. “Hoje em dia, a nível europeu, é impensável ter vitrais desta época [séculos XV e XVI, os mais antigos] sem protecções e nós só temos uma protecção que foi parte de uma experiência piloto que nem sequer foi acabada”.

A aguardar financiamento, existe um projecto de conservação e documentação dos vitrais da Sala do Capítulo e da abside da capela-mor da igreja, no valor de 210 mil euros, que seria a primeira intervenção nos vitrais do Mosteiro da Batalha desde 2008.

Igreja do Mosteiro da Batalha (foto de Ricardo Graça)

No monumento classificado pela Unesco como Património da Humanidade, segundo Pedro Redol, “as pré-existências estão relativamente bem conservadas”, por outro lado, “os vitrais antigos têm todos problemas, que não têm grande solução, a não ser melhorar o ambiente em que estão”.

Alguns, datados dos século XV e XVI, constituem “um problema mais específico, que tem de ser encarado e tratado, mas que está longe de se resolver”, na igreja, na Capela do Fundador e na sacristia.

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