Sociedade
Tribunal de Leiria condena cinco pessoas a prisão efectiva por tráfico de droga
O Tribunal de Leiria condenou hoje cinco pessoas a penas entre os seis e os dois anos de prisão efectiva por tráfico de droga, e absolveu outras três.
Dos 16 acusados, o colectivo de juízes condenou dois dos principais arguidos no processo - pai e filho - a seis anos e cinco anos e seis meses de prisão efectiva pelo crime de tráfico de droga.
O terceiro elemento com influência no processo foi condenado a cinco anos de prisão, suspensa por igual período, sob a condição de se sujeitar a internamento para tratamento à sua toxicodependência.
Outro arguido foi também condenado por tráfico de menor gravidade a três anos e seis meses de pena suspensa, também sob condição de se sujeitar ao mesmo tipo de tratamento. O tribunal condenou ainda três arguidos a três e dois anos de prisão efectiva pelo crime de tráfico menor de gravidade, "tendo em conta os seus antecedentes criminais".
No total, oito arguidos foram condenados a penas suspensas, entre os cinco e os dois anos. O crime de associação criminosa não se provou. Três acusados foram absolvidos do crime de tráfico de droga, por falta de provas.
"Na dúvida, o tribunal decide a favor dos arguidos". Segundo a juiz presidente do coletivo, ficou provado que pai e filho eram os principais vendedores de droga, sobretudo heroína, tendo a colaboração das respetivas companheiras e de um terceiro arguido, toxicodependente.
Em Fevereiro de 2017, o Comando Territorial de Leiria anunciou que através do Núcleo de Investigação Criminal de Leiria deteve cinco homens com idades compreendidas entre os 26 e 50 anos, por tráfico de estupefacientes, nas localidades de Tomar e Porto de Mós.
Segundo o comunicado divulgado na altura, "foram realizadas quatro buscas domiciliárias na sequência de uma investigação criminal por tráfico de estupefaciente que decorria há aproximadamente um ano e que, em Novembro e Dezembro de 2016, já tinha permitido a detenção de seis indivíduos pelo mesmo ilícito, tendo-lhes sido aplicada a medida de coacção de prisão preventiva".
Durante esta operação foram encontradas 834 doses de heroína e 339 doses de cocaína. A par disso, foram apreendidos 17 telemóveis, 2.230 euros em numerário, duas armas brancas, quatro viaturas, quatro tablet e dois portáteis, e diverso material utilizado no corte e dosagem de produto estupefaciente.
Após a investigação do Departamento de Investigação e Acção Penal de Porto de Mós, todos os arguidos foram acusados pelo Ministério Público (MP) de tráfico de estupefacientes e nove deles responderam também por associação criminosa e dois por detenção de arma proibida.