Desporto

Trabalhos de recuperação do relvado terminam hoje e resultados serão visíveis já esta semana

24 set 2024 17:50

O concerto do Rockin' 1000 deixou o relvado do Estádio Dr. Magalhães Pessoa danificado, o que levou a União de Leiria a tomar a decisão de jogar dois jogos fora de casa

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Objectivo da autarquia é “deixar o estádio pronto" para que o jogo de dia 11, contra o FC Felgueiras, possa decorrer no Municipal de Leiria
Ricardo Graça
Inês Gonçalves Mendes

Os trabalhos de recuperação do Estádio Dr. Magalhães Pessoa terminam hoje e o Município de Leiria assegura que, até ao final desta semana, o resultado “vai ser muito visível”.

Em conferência de imprensa, realizada ontem, o vereador da Câmara de Leiria com o pelouro do Desporto referiu que a autarquia tinha consciência que a recuperação do relvado, após o concerto do Rockin’1000, exigiria “trabalho e alguma paciência”, mas que tudo estaria pronto a tempo do encontro com o FC Felgueiras, a 11 de Outubro.

Até serem divulgados os resultados da nova avaliação da Liga Portugal (marcada para 6 de Outubro), a União de Leiria já fez saber que vai jogar os próximos dois jogos na condição de visitado no Estádio Municipal de Rio Maior, devido aos danos provocados no tapete do Magalhães Pessoa.

O presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, considera que esta decisão da equipa unionista é “um exagero”, quando o estádio já estará em condições de, “no segundo jogo, ter o Leiria a jogar em casa”.

Após o concerto do Rockin’1000, foi retomado o sistema de rega, interrompido desde quinta-feira. A recuperação consistiu na limpeza de “todas as partes mortas”, posteriormente removidas, para ser realizada a perfuração e remoção de solo, substituído por areia nova. Foram ainda plantados 500 quilogramas de semente e espalhados 40 metros cúbicos de areia para regularizar o terreno, explicou José Carlos Machado, responsável da Sport Relva, empresa que assegura a manutenção do relvado.

“Já sabíamos que iriam acontecer danos, era impossível que não acontecessem. Mas, quanto a nós, são recuperáveis”, adiantou o empreiteiro, ao reforçar que o tapete tem “uma boa drenagem, funciona plenamente e vai continuar a funcionar”.

Os trabalhos ficam hoje terminados, mas o relvado ainda vai levar adubos, aminoácidos e outros produtos para recuperar “o mais rápido possível”.

Segundo a autarquia, no período que antecede o início de uma época desportiva é sempre realizada uma intervenção de manutenção no relvado. “Não valia a pena fazer um trabalho já planeado quando iríamos ter de fazer um trabalho de recuperação logo a seguir. Este trabalho foi adiado em articulação com a própria empresa”, adiantou o vereador do Desporto.

Questionado sobre se poderiam ser tomadas outras medidas para proteger o relvado, Carlos Palheira exemplificou com a colocação de lonas, atitude que teria “um efeito catastrófico”, por impedir o relvado de receber luz solar, mas admitiu que poderiam ter sido colocadas protecções “nas zonas dos guitarristas”.

O custo final da recuperação do relvado ainda “não está apurado”.

Gonçalo Lopes sublinhou que a recuperação do relvado “nunca" esteve em causa. “Nunca iríamos negligenciar a manutenção do relvado. Temos uma atitude responsável perante este equipamento." No entanto, o autarca leiriense também considerou que a decisão da UDL em alterar a localização de dois jogos foi “exagerada, desproporcional e extemporânea”, criando um “alarme social e desportivo” desnecessário.

Apesar disto, e tendo em conta que nos últimos dias veio a público a dívida da União de Leiria à autarquia, a relação com a SAD do clube está “impecável” e o objectivo da autarquia é “deixar o estádio pronto para que o jogo de dia 11 seja cá”.