Sociedade

Rita Almeida voa de Porto de Mós para 130 destinos ao serviço da Emirates

29 jun 2024 14:00

A assistente de bordo entrou na Emirates em Março de 2013 e, desde então, já teve oportunidade de viajar para “130 destinos” de todos os continentes como assistente de bordo, confessando-se realizada.

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Rita Almeida deixou o curso de comunicação e marketing para ser assistente de bordo e não está arrependida
DR
Maria Anabela Silva

Há acasos que mudam vidas. Com Rita Almeida foi isso que aconteceu no final de 2012, quando a irmã do meio ‘tropeçou’ num anúncio da Emirates, a companhia aérea do Dubai, a divulgar a realização de um ‘open day’ em Portugal. Na altura, a jovem de Porto de Mós frequentava o curso de Comunicação, Marketing e Relações Públicas na Escola Superior de Educação de Coimbra, mas encontrava-se um pouco perdida.

Pelo que, decidiu aceitar o desafio da irmã e concorreu ao emprego, acabando escolhida entre centenas de candidatos. Entrou na Emirates em Março de 2013 e, desde então, já teve oportunidade de viajar para “130 destinos” de todos os continentes como assistente de bordo, confessando-se realizada. “Era um sonho trabalhar numa companhia aérea com tanto prestígio como a Emirates, uma vez que tenho uma grande paixão por viajar e gosto de sentir que presto um excelente serviço ao cliente. O momento era perfeito e aproveitei a oportunidade para seguir uma carreira que se alinha com os meus interesses e objectivos”, conta Rita Almeida, de 37 anos.

Para a assistente de bordo, que não se vê neste momento a mudar de vida, o mais gratificante da profissão é o contacto com os passageiros, a par da oportunidade de poder conhecer tantos destinos diferentes. “Os aspectos mais positivos são o facto de poder ver o mundo e conversar com os meus passageiros”, confessa, recordando a “excitação” que sentiu quando foi, pela primeira vez, à Austrália. “De repente, eu, que vinha de uma vila portuguesa tão pequena [Porto de Mós] estava a ter uma refeição a olhar para a ponte do porto em Sydney. Nunca esquecerei esse momento”.

O que também não lhe sai da memória são algumas das histórias que tem vivido em serviço, como aquela que aconteceu numa viagem entre a Austrália e Glasgow (Escócia), quando um passageiro lhe confidenciou que ia visitar o pai que “estava a morrer”. “Dei-lhe dois chocolates e disse-lhe que um era para ele e o outro para o pai. Pouco tempo depois, operei outro voo para Glasgow e este passageiro reconheceu-me e disse que ainda conseguiu ver o seu pai vivo”, recorda, assegurando que “jamais esquecerá” este episódio.

Da sua experiência na Emirates, Rita Almeida destaca ainda o espírito de cooperação entre a tripulação de voo e de cabine, num “ambiente de inclusão e de trabalho”, promovido pela própria companhia, que conta com colaboradores de “mais de 140 nacionalidades”. “Este ponto de fusão é reflexo do próprio Dubai”, onde a Emirates está sediada, e que a assistente de bordo descreve como tendo “um ambiente vibrante e multicultural.

“O Dubai é um farol de segurança, inovação e oportunidade, oferecendo comodidades de classe mundial, uma hospitalidade ímpar e uma gama diversificada de actividades”, descreve Rita Almeida, assumindo que, o mais difícil, é não poder estar com a família sempre que quer e de, por vezes, falhar momentos importantes. As saudades são, no entanto, saradas com as viagens regulares que faz ao País. “Com os bilhetes da Emirates, tenho a sorte de ir a Portugal com muita frequência. Por isso, digo à minha família que não tem muitas oportunidades de sentir a minha falta.”