Desporto
Ricardo Porém num Dakar com outra responsabilidade e mais hipóteses de se chegar à frente
O piloto de Leiria parte este sábado para a Arábia Saudita, onde irá participar no seu terceiro Dakar. Com novo estatuto na equipa e optimista quanto à fiabilidade do Borgward, quer um lugar nos dez primeiros
A terceira participação de Ricardo Porém no Dakar Rally poderia ser entendida como a da maturidade competitiva, do conhecimento do que o espera e das próprias reacções em momentos de stress.
O todo-o-terreno valoriza sobremaneira a experiência e a maturidade acumuladas ao longo dos anos e não é por acaso que os vencedores das últimas edições da prova são todos cinquentões.
Carlos Sainz (58 anos), Nasser Al-Attiyah (50 anos) e Stéphane Peterhansel (55 anos) triunfaram nas derradeiras seis épocas e são a prova de que no deserto, mais do que velocidade, é preciso ter todas as aptidões de navegação, ser rápido, também, mas sabendo fazê-lo sem estragar de forma definitiva os veículos.
O piloto de Leiria tem 30 anos e ainda vai a meio caminho do que o espanhol já viveu na escada da vida. Por ter sido precoce nestas aventuras dos motores, acumulou, no entanto, uma experiência que lhe permite competir no Dakar com a expectativa de alcançar um bom resultado.
“Sei que, mesmo com duas participações neste evento, continuo a ser um dos pilotos com menos quilómetros acumulados nas areias do Dakar e por isso terei de me manter calmo e concentrado para atingir os objectivos, entre os quais terminar a prova”, explicou.
Depois de em 2019 ter participado, ainda na América do Sul, aos comandos de um Can-Am da categoria SSV, vulgo buggy, e de já este ano ter feito a estreia na categoria automóvel aos comandos do Borgward BX7 DKR, Ricardo Porém parte a 26 de Dezembro para a Arábia Saudita onde, de 3 a 15 de Janeiro, participará na mais dura prova de todo-terreno do planeta.
Na edição disputado no início deste ano, foi colega na Borgward Rally Team do espanhol Nani Roma, histórico vencedor do Dakar em automóveis e motos. Tinha, pois, de auxiliar o seu companheiro sempre que este necessitasse.
Problemas mecânicos obrigaram à desistência, mas a imagem deixada junto da equipa valeu-lhe o convite para regressar, ainda para mais com estatuto de único piloto da marca.
“É óptimo, pois temos a equipa toda focada em nós”, sublinha, esperançado em fazer bem melhor do que há um ano.“Identificámos o que no ano passado esteve menos bem e conseguimos evoluir nesses pontos, nomeadamente ao nível da caixa de velocidades que deitou tudo por água abaixo. Houve também alguns detalhes que depois fazem a diferença e que, com o know-how adquirido no ano passado, conseguimos melhorar.”
Para 2021, o piloto de Leiria assume, então o lugar principal na equipa, o que o deixa com total liberdade. “Voltar ao Dakar é sempre uma boa notícia. Montar um projecto desta natureza durante a pandemia que vivemos é naturalmente muito desafiante. A responsabilidade aumenta, mas também as hipóteses de surpreender.”
Há vários objectivos definidos. O primeiro é, naturalmente, terminar esta dura aventura. O segundo, “conversado” com a equipa, é conseguir um lugar nos 15 primeiros. “Pessoalmente, gostaria muito de chegar ao top ten”, admite Ric
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