Sociedade
Porto de Mós reforça fiscalização para evitar uso fraudulento da água
“Neste momento temos menos 35% da nossa capacidade de reserva”, revela o vice-presidente da câmara, adiantando que vai ser feito o registo dos “meios de apoio necessários caso seja imperativo o transporte de água às populações”.
A Câmara de Porto de Mós está a reforçar a fiscalização para evitar o uso fraudulento da água, uma das medidas que visa a poupança de água para minorar os efeitos da seca.
"Temos uma equipa de fiscalização especialmente atenta às ligações directas de contadores e utilização indevida das bocas de incêndio e fontanários públicos”, afirmou hoje à agência Lusa o vice-presidente do município, Eduardo Amaral.
O autarca revelou que “a câmara tem conhecimento de situações em que durante a noite pessoas enchem os tanques que transportam em tractores ou camiões de água de fontanários ou bocas de incêndio situados em locais mais recônditos, para evitar a sua detenção”, detectadas em algumas zonas “um consumo superior ao habitual”.
O reforço da fiscalização é uma das medidas que visam a poupança de água, apresentadas na quinta-feira, em reunião do executivo municipal, que incluem, ainda, a monitorização constante das reservas de água existentes no concelho.
“Neste momento temos menos 35% da nossa capacidade de reserva”, declarou Eduardo Amaral, adiantando que vai ser feito o registo dos “meios de apoio necessários caso seja imperativo o transporte de água às populações”.
Por outro lado, a autarquia vai reforçar “as campanhas de sensibilização junto da comunidade para o uso regrado da água e a sua poupança” e lançar aos alunos um concurso, para “premiar as melhores ideias implementadas na escola que reduzam consumos água e energia”.
Quanto aos sistemas de rega em espaços municipais, a Câmara reformulou “a programação das regas de todos os espaços verdes, estando os mesmos a ser regados no período nocturno”.
Paralelamente, "foi efectuada uma redução para metade dos tempos de rega, passando esta a funcionar durante 5, 10 ou 15 minutos, conforme o coberto vegetal, por forma a optimizar o uso da água no período crítico de seca severa".
Eduardo Amaral esclareceu ainda que “é procedimento habitual, correspondendo a uma preocupação constante dos serviços municipais, a detenção e resolução de fugas de água, bem como a substituição de tubagens que possam encontrar-se em mau estado”.
Neste caso, foram, inclusivamente, “criadas zonas de medição e controlo, de modo a avaliar permanentemente a existência/aparecimento de perdas de água no sistema de abastecimento de água”.
À população, o vice-presidente do Município de Porto de Mós apela para que, nas actividades diárias, se evite o desperdício de água, para minimizar os efeitos da seca.
Já no âmbito da poupança de energia, além de campanhas de sensibilização dirigidas à população, funcionários municipais e escolas, a Câmara vai “desligar as luzes dos monumentos e edifícios municipais”, a partir das 24:00, sendo excepção o Castelo de Porto de Mós.
Realizar auditorias energéticas em vários espaços municipais, como os Paços do Concelho ou piscinas, “recuperar e instalar painéis fotovoltaicos nos edifícios municipais e espaços públicos”, reduzir o período de iluminação pública e “renovar a frota municipal por veículos eléctricos” contam-se entre as iniciativas que a autarquia quer implementar.