Sociedade

Património: Estado nem faz nem deixa fazer

22 nov 2018 00:00

Devolutos e ao abandono. É esta a condição em que se encontram vários edifícios do Estado na região, cuja posse a Administração Central teima em manter.

Fotos: Ricardo Graça
Museu de Arte Sacra no ex-DRM em impasse
Museu de Arte Sacra no ex-DRM em impasse
Museu de Arte Sacra no ex-DRM em impasse
Parque do Engenho há anos à espera de Museu da Floresta
Parque do Engenho há anos à espera de Museu da Floresta
Parque do Engenho há anos à espera de Museu da Floresta
Projecto turístico é hipótese para antigo IVV da Batalha
Projecto turístico é hipótese para antigo IVV da Batalha
Projecto turístico é hipótese para antigo IVV da Batalha
Antiga Pousada da Juventude fechada e com futuro por definir
Antiga Pousada da Juventude fechada e com futuro por definir
Antiga Pousada da Juventude fechada e com futuro por definir
Ex-IVV de Leiria: mais de 5000 m2 devolutos junto à estação
Ex-IVV de Leiria: mais de 5000 m2 devolutos junto à estação
Ex-IVV de Leiria: mais de 5000 m2 devolutos junto à estação
Novo edifício previsto para as antigas casas dos magistrados
Novo edifício previsto para as antigas casas dos magistrados
Novo edifício previsto para as antigas casas dos magistrados
Antiga Casa da Guarda em São Pedro de Moel
Antiga Casa da Guarda em São Pedro de Moel
Antiga Casa da Guarda em São Pedro de Moel
Maria Anabela Silva

As negociações começaram há cerca de duas décadas. Primeiro, reclamava-se a cedência gratuita, atendendo ao interesse público do destino que se lhe pretende dar - Museu de Arte Sacra. Depois, tentou- se a compra e mais tarde a permuta. Sem sucesso.

A saga da Câmara de Leiria para ocupar o ex-DRM (Distrito de Recrutamento e Mobilização Militar), é paradigmática do que se passa com algum do património do Estado na região. Está devoluto e já com sinais de degradação, o Município pretende dar-lhe uma ocupação nobre, mas a Administração Central não reabilita nem cede.

“Há condições para criarmos ali o melhor Museu de Arte Sacra da Europa, mas temos vindo a ser boicotados”, afirma Raul Castro, presidente da Câmara, lamentando a “falta de bom senso” com que este processo tem sido conduzido por parte dos organismos públicos com os quais o Município procura chegar a acordo.

O edifício do antigo DRM está, contudo, longe de ser um caso isolado no distrito, onde existem vários imóveis do Estado nas mesmas circunstâncias: devolutos e abandonados. Na sua maioria, localizam- se em zonas centrais de vilas e cidades e apresentam evidentes sinais de degradação.

É o caso das já desactivadas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) em Leiria e na Batalha, de dezenas de imóveis que pertenceram aos extintos Serviços Florestais ou das antigas Casas dos Magistrados e Pousada da Juventude de Leiria.

Algum deste património é reclamado pelas Câmaras, mas o Estado têm-se manifestado relutante em cedê-lo, mesmo quando em causa está a concretização de projectos de interesse público. Enquanto isso não acontece, agrava- -se a degradação dos imóveis.

Veja-se o que está a acontecer com os antigos armazéns do IVV na Batalha, localizados junto ao rio Lena, numa zona que tem vindo a ser requalificada pela Câmara que, há muito, tenta reabilitar também aquele espaço, numa saga semelhante àquela que o Município de Leiria tem travado pel

Este conteúdo é exclusivo para assinantes

Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?

Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.

Já é assinante? Inicie aqui
ASSINE JÁ