Legislativas 2024
PAN em Leiria: touros, futebol, despoluição e bem-estar dos porcos
Inês Sousa Real contactou público em Leiria e distribuiu panfletos
A passagem da comitiva eleitoral do PAN - Pessoas Animais Natureza foi marcada por discussões sobre touros, pelo futebol, pela despoluição da bacia do Lis e pelo bem-estar dos porcos, nas explorações da região de Leiria.
Inês Sousa Real e uma reduzida comitiva iniciaram a campanha na fonte luminosa - Largo Goa, Damão e Diu - com enquadramento da Fanzone da Final Four da Taça da Liga.
O primeiro contacto da dirigente do PAN foi com um eleitor natural do Alentejo e a conversa, em tom de debate, foi sobre a intenção do partido de acabar com as touradas.
Inês Sousa Real tentou explicar que o PAN não é contra os touros, mas contra a sua utilização na arena, lutando pelo seu bem-estar, preferindo vê-los à solta nas pastagens, como atracção de turismo de natureza.
A conversa desembocou numa troca de ideias sobre o que é a democracia e acabou com uma entrega de folhetos com linhas gerais do programa do PAN.
A mensagem não se terá perdido na tradução, mas nos altos decibéis da zoada que saía dos altifalantes da Fan Zone, o que dificultou a comunicação.
Inês Sousa Real prosseguiu pela zona de animação da Final Four sempre a tentar estabelecer contactos pontuais com os adeptos de futebol, em especial com os jovens nas mesas de matraquilhos e frequentadores das esplanadas.
Subiu o Marachão e num passeio à beira-rio, a dirigente partidária debruçou-se sobre o parapeito do rio e olhou para as águas, apenas o tempo suficiente para uma foto... e seguiu caminho.
Parou, pouco depois, para tirar uma selfie com a comitiva.
Por fim, deteve-se junto ao Teatro José Lúcio da Silva, para mencionar o elefante na sala, sempre que se fala de ambiente em Leiria. A poluição da ribeira dos Milagres e do Lis e os porcos.
“Em Leiria, os efluentes pecuários são um problema grave para a população. Há mais de 200 explorações que funcionam de forma ilegal, com descargas constantes para os rios e que estão a pôr em causa os lençóis freáticos. Isto põe em causa a qualidade de vida e a saúde pública, além das questões de bem-estar animal associadas”, disse.
Inês Sousa Real defendeu maior fiscalização do Estado e o encerramento das explorações que operam à margem da lei, garantindo a transição e segurança laboral para os trabalhadores.
“Faltam ETAR nestes locais. Houve investimento feito, que não foi executado”, acusou.