Viver
Palavra de Honra | Acredito que ter e saber só fazem sentido em conjugação com dar
Catarina, Dias, Membro do Executivo da UF Marrazes e Barosa e programadora do jazzMATAzz
- Já não há paciência... ui, para tanta coisa! Já não há paciência para o diz que disse, para as aparências, para a violência, para o destrato, para a desigualdade, para o sectarismo, para o desperdício. E já não há paciência para a falta de paciência.
- Detesto... favas. Sempre detestei favas. Também não gostava de ervilhas, mas agora até gosto. Também não gostava de hipocrisia nem de desrespeito, e agora também não.
- A ideia... é ver felicidade nos outros e em mim. Não fazer sombra a ninguém e não deixar que ninguém me roube a luz.
- Questiono-me se... algum dia a humanidade será o traço de carácter da Humanidade e se algum dia terei resposta a metade dos porquês e para quês que me passam pela cabeça.
- Adoro... bolos. Pão-de-ló, bolas de Berlim, mil folhas e palmiers. Também gosto de boas intenções. Nunca percebi muito bem porque dizem que o inferno está cheio delas… pois acredito que seja exatamente o contrário. Mais do que o resultado final, para mim, conta a intenção, o propósito das coisas. E a propósito, na realidade não acredito sequer que exista inferno.
- Lembro-me tantas vezes... e esqueço-me outras tantas. E é absolutamente natural e saudável. Por vezes, é uma questão de sobrevivência.
- Desejo secretamente... que o tempo demore a passar mas que revele rapidamente os factos das coisas. Não faz muito sentido, bem sei… O mundo dos desejos e das possibilidades secretas é assim mesmo (ou deverá ser): surreal.
- Tenho saudades... de voltar a estar descontraidamente com quem amo e me quer bem. De conhecer novas gentes e lugares. Das possibilidades que o futuro esconde. E de abraços, tenho muitas saudades de abraços.
- O medo que tive… quando fui mãe, perdi o meu pai e a minha avó e quando acreditaram em mim mais do que eu própria… só eu é que sei.
- Sinto vergonha alheia... muito raramente. As atitudes ficam para quem as pratica.
- O futuro... é um mundo inteiro de possibilidades mais ou menos improváveis. O desejo é que seja longo e risonho.
- Se eu encontrar... (continua em baixo)
- Prometo... que partilho. Não faz sentido de outra forma, pelo menos para mim. Porque acredito que ter e saber só fazem sentido em conjugação com dar. Não somos ilhas.
- Tenho orgulho... na família que a minha mãe e o meu pai construíram, na família do meu irmão e da minha irmã, tenho orgulho na minha filha, na pessoa que sou com os mil e um defeitos que tenho. Tenho orgulho das pessoas com quem trabalho. Tenho orgulho em quem consegue começar uma vida nova e em quem, pelos mais variados motivos, não consegue.