Viver
Os comerciantes em Leiria no fim do século XIX
Estórias da nossa História por Ricardo Charters d’Azevedo
O jornal O Mensageiro, dirigido pelo Padre Lacerda, figura grada e grande na cidade, que teria feito no ano passado 100 anos, se não tivesse encerrado para dar lugar ao novo semanário da Diocese de Leiria Presente, publicou inúmeros artigos muito interessantes sobre Leiria e as suas gentes. Baseado num artigo publicado em 1935, atrevo-me, resumidamente, a apresentar de quem eram as lojas em Leiria nos finais do século XIX.
Dificilmente podemos acreditar, mas em finais de novecentos a vida comercial do nosso burgo centrava-se exclusivamente na Praça Rodrigues Lobo e artérias vizinhas.
Na praça Rodrigues Lobo, do lado poente, entre as ruas da Misericórdia e do Mestre de Avis, existia a loja de Manuel Joaquim Henriques, a ourivesaria de Leite da Silva, a sucursal das «Máquinas Singer», a farmácia de Francisco Pereira da Silva e a loja de João Lopes Gomes.
Debaixo dos Balcões (assim se chamavam as “arcadas” na praça Rodrigues Lobo), entre a Rua do Comércio e a da Graça: os estabelecimentos de José Carreira Pequeno, António de Sousa, vulgo o «António da Loja», D. Joaquina das Caldas, Joaquim de Sousa Meneses, a Estação do Correio, dirigida por Paulino Leitão e a loja deste mesmo, que depois passou para o José Martins da Cruz e mais tarde para o Chico Teixeira.
Do lado do nascente alinhavam-se da rua da Graça à travessa de Santana: o talho do Panaça, a loja de José de Azevedo Batalha, de José Gonçalves dos Santos, e de António Peixoto, sendo este último estabelecimentotambém conhecido pelo nome do seu anterior proprietário, Carlos dos Ramos.
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