Opinião

O cinema

20 ago 2016 00:00

Novas abordagens terapêuticas que apelem à criatividade são muito úteis quando trabalhamos nesta área da saúde mental.

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Quem nunca apanhou boleia de uma cena de um filme para chorar desalmadamente? Ou quem nunca se identificou totalmente com aquela personagem para fazer a mudança que faltava? Ou para trazer mais esperança à vida de todos os dias? Todos nós! E como pode ser uma experiência valiosa para toda a vida.

Em véspera de entrar de férias, tive o privilégio de assistir a um trabalho muito interessante de duas colegas que fizeram precisamente isto: levar o cinema e a importância da estética e da narrativa a um grupo de pessoas com perturbações aditivas em tratamento, onde a questão do vazio existencial está sempre tão presente e a capacidade de identificar os sentimentos e as emoções está muitas vezes comprometida.

A sua principal premissa foi: “Quando a vida é novamente entendida como bela e preenchida com alegria e sentido, as substâncias aditivas perdem o seu poder”. E isto faz muito sentido. Novas abordagens terapêuticas que apelem à criatividade são muito úteis quando trabalhamos nesta área da saúde mental.

Na apresentação do trabalho fizeram referência ao realizador Andrei Tarkovsky que a certa altura diz: “Acredito que o que leva normalmente as pessoas ao cinema é o tempo: o tempo perdido, consumido ou ainda não encontrado.

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