Sociedade

Novo mercado de Leiria será “âncora de desenvolvimento”

4 jun 2022 13:26

Requalificação do Mercado Municipal de Leiria foi inaugurada esta manhã, numa cerimónia onde a ministra da agricultura elogiou o projecto por 'casar' a regeneração urbana com o apoio ao sector primário

Maria Anabela Silva

“A requalificação deste espaço eleva a atractividade do mercado de Leiria, que deixa de ser um espaço pouco digno, para se afirmar como um dos cartões de visita do nosso concelho”. As palavras são do presidente da câmara, Gonçalo Lopes, e foram proferidas na inauguração das obras do mercado municipal, que teve lugar esta manhã.
 
Depois de uma visita ao espaço, acompanhado da ministra da Agricultura, o autarca manifestou-se convicto que o novo mercado será “uma âncora de desenvolvimento e um pólo extremamente importante para a valorização dos nossos produtos”.

O presidente do Município disse ainda acreditar que “estão criadas condições para “um novo ciclo de crescimento dos produtores locais”, que antes estavam na cave do mercado e que agora ocupam a zona exterior do alçado poente, onde foi instalada uma pala. 

“Neste espaço ganham nova visibilidade e vão certamente beneficiar com o aumento do número de clientes”, referiu Gonçalo Lopes que, durante a visita, ouviu algumas chamadas de atenção dos vendedores, que alertaram para a exiguidade de certos espaços de comercialização. 

Na sua intervenção, o autarca sublinhou a complexidade da obra, que se estendeu por três anos.  “O investimento de 4,6 milhões de euros efectuado neste edifício vai muito além de uma operação de cosmética. É verdadeiramente estrutural, não apenas no edifício, mas no que representa a montante, na valorização da nossa economia local, do sector agrícola, e também na preservação das nossas raízes”, afirmou. 

Por seu lado, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, destacou a requalificação de um edifício “no coração da cidade”, que é agora “devolvido à população”. Este é um projecto que “junta a regeneração urbana ao desenvolvimento da agricultura e das pescas” e que “dá força e dinâmica ao sector primário”, salientou a governante. 

A ministra realçou também a importância deste tipo de espaços na “promoção de consumos sustentáveis, da produção local e do consumo de produtos de época”, sublinhando o papel que os consumidores podem desempenhar a este nível. “Sempre que o cidadão faz uma escolha, é uma escolha alimentar que está também a promover o sector agrícola”, frisou. 

Mil postos de trabalho

O novo mercado dispõe de 18 lojas e de 30 bancas, acolhendo ainda perto de 70 produtores locais. Envolve “cerca de um milhar de postos de trabalho directos e indirectos”, um número que, o presidente da câmara, acredita que “vai certamente aumentar”. Para tal, o município pretende impor uma “nova dinamização” do espaço, que passará a contar com programação própria, seja na área gastronómica, económica ou cultural.

Além da vertente de mercado, o edifício irá acolher, no primeiro piso, um espaço para startup, que não está ainda concluído. Com esta nova valência, pretende-se “o casamento de um lado mais tradicional da nossa economia, muito ligado às nossas raízes, com um sopro de modernidade, inovação, tecnologia, irreverência e juventude”, diz Gonçalo Lopes. 

O objectivo desse “casamento” é transformar o edifício “num espaço agregador, mantendo uma forte componente comercial, mas consolidando a sua vertente social”.

“Com este investimento cumprimos o grande objectivo, que é renovar o coração da cidade e criar aqui um novo impulso em termos de modernidade”, conclui o presidente da câmara.