Sociedade
Mais um furto de pinhas de pinheiro-manso travado pela GNR em Óbidos
Identificados quatro homens que arriscam coimas até 3.500 euros
O pinhão é dos frutos secos mais valiosos no mercado, ao ponto de ser apelidado de ouro branco. Em Portugal, a época de colheita de pinhas de pinheiro-manso da espécie pinus pinea está limitada por lei e decorre entre 1 de Dezembro e 31 de Março. Nos restantes meses, encontra-se proibida.
Esta segunda-feira, a GNR anunciou a identificação de quatro homens pelo crime de furto de pinhas de pinheiro-manso, na localidade do Carregal, em Óbidos.
É o segundo caso no concelho em menos de três semanas, depois da detenção, também pela GNR, em 28 de Outubro, de três homens na zona de Trás do Outeiro, a quem foram apreendidos 196 quilos de pinhas de pinheiro-manso com um valor estimado de 176 euros.
No comunicado divulgado hoje, a GNR lembra precisamente que “o pinheiro-manso (pinus pinea) é uma espécie florestal com um crescente interesse económico” e que a “importância do comércio externo de pinha e de pinhão tem contribuído para a promoção de importantes dinâmicas económicas à escala regional, uma vez que o pinhão produzido em Portugal é de todos o mais valorizado pelas suas características nutricionais”.
Assinala a GNR que “ainda que esteja caída no chão”, a pinha não pode ser apanhada entre 1 de Abril e 1 de Dezembro “por se encontrar em época de defeso”, com o objectivo de salvaguardar “o crescimento e desenvolvimento da pinha e do pinhão" e evitar "a colheita da semente com deficiente faculdade germinativa e mal amadurecida”.
Os quatro homens identificados no Carregal, após denúncia, têm idades compreendidas entre os 17 e os 48 anos.
Foram elaborados quatro autos de contraordenação, puníveis com coima até 3.500 euros. E apreendidos 21 quilos de pinhas de pinheiro-manso, além de três varas com gancho metálico.