Viver
Leiria ligada à corrente na Casa Plástica
Workshops, performances e exposição colectiva de artes visuais.
O festival A Porta arranca no sábado, 16 de Junho, com a abertura da Casa Plástica – pelas 15 horas – e actividades no Jardim da Vala Real, ali mesmo ao lado. Este ano, o programa de artes visuais muda-se para o edifício amarelo no cotovelo da Rua de Tomar com a Ponte Hintze Ribeiro, antigas instalações da EDP, agora propriedade do Município. Está distribuído por três vertentes: workshops, performances e a exposição colectiva Esta casa já deu luz, que promete transportar uma nova energia para o lugar antes animado pela electricidade. Ao todo participam 20 artistas, entre convidados e seleccionados na open call: Carlos Alexandre Rodrigues, Carolina Serrano, Diana Pinto, Fábio Miguel Roque, Fernando Travassos, Francisca Veiga, Inês Domingues, Jorge Maciel, Jubilee Street, Kind of a Black Box, Luísa Passos, Micael Ferreira, Mr. Lazy Mdme Leisure, Nelson Melo, Nelson Portela dos Santos, Pedro Augusto, Pedro Sismeiro, Rachel Korman, Sílvia Barbeiro e Tiago Gandra.
Pela primeira vez, há serviço educativo, já com mais de 400 crianças inscritas, de várias escolas do concelho. Um passo para chegar a "outros públicos e outras dinâmicas", explica a responsável pela curadoria de artes visuais, Lara Portela. Sempre com o intuito de educar pela arte e permear famílias e crianças a novas manifestações artísticas e culturais.
As performances começam logo no sábado, com Light in space, de Diana Pinto (16:30 horas) – que repete no domingo à mesma hora – e Somersault with T, de Kind of a black box (18 horas). Regressam dia 23, com projectos de Mr. Lazy & Mdme Leisure (15 horas), Sílvia Barbeiro e Fátima Ribeiro (três sessões, às 16, 16:45 e 17:30 horas) e Tiago Gandra (18 horas), enquanto no domingo estão escalados Sílvia Barbeiro e Fátima Ribeiro (com os mesmos horários) e Mr. Lazy & Mdme Leisure (18 horas).
Os quatro workshops que em 2018 integram a Casa Plástica materializam "o objectivo de introduzir o fazer no espaço do ver", com "lugar à aprendizagem e criação", explicam os promotores do festival A Porta. António Caramelo assegura a formação sobre intervenção directa em película de 16 mm, que acontece segunda e terça-feira, 18 e 19 de Junho, com um custo de 35 euros por pessoa. Também na terça-feira, Pedro Petiz e o colectivo Sol dinamizam a oficina de mimeógrafo (10 euros), enquanto a oficina de fotografia experimental e quimigramas acontece na quarta-feira, dia 20, sob orientação da Casa das Imagens (35 euros). Na quinta-feira, 21, Luísa Passos ensina os segredos da luz e da sombra no desenho a tinta- da-china (10 euros). Todos os workshops se realizam entre as 16 e as 19 horas e estão sujeitos a inscrição prévia, através do endereço electrónico casaplastica@ festivalaporta.pt ou do telemóvel 919 661 860.
"Abrir as artes plásticas à comunidade leiriense" é uma das "grandes apostas" do festival A Porta em 2018, afirma Lara Portela. Na Casa Plástica, com entrada livre, há fotografias que levam a palcos barulhentos de concertos, esculturas de cera com pavios escondidos e memórias de um espaço que foi um dia o escritório de uma central de distribuição eléctrica, adianta a organização. Ensaios para "uma abordagem ao tema que os une, seja como ponto de partida ou como ponto de chegada" – a luz. Para ver entre as 14 e as 19 horas ao sábado e domingo e das 16 às 19 horas nos dias úteis, até 24 de Junho.