Economia

Investimento de 30 milhões na zona industrial do Juncal

27 jul 2017 00:00

Vai ser criada central termoflorestal e unidade de valorização de biomassa florestal

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A zona industrial do Juncal, em Porto de Mós, irá acolher dois novos projectos que totalização um investimento na ordem dos 30 milhões de euros. Em causa está a construção de uma central de produção de energia eléctrica a partir de sobrantes das explorações florestais e de uma unidade de valorização de biomassa florestal, que actuará no fabrico de biocompostos para as indústrias farmacêuticas, nutraceuticas, agro-industriais e industrias e na valorização dos resíduos para fins energéticos e agro-pecuários.

O primeiro projecto (Termoflorestal Lda) deverá ficar concluído até Novembro do próximo ano, enquanto a segunda unidade (CMC Biomassa) estará a funcionar no final de Março desse ano. Rui Carreira, administrador das empresas, explica que são dois projectos “complementares” e unidades “totalmente novas em Portugal quer pelos produtos a produzir quer pelas tecnologias seleccionadas”, pelo que “não podem ser comparadas com nenhuma outra unidade industrial”.

No caso da Termoflorestal está prevista a produção de 5 MW (megawatt) de energia eléctrica “verde”, a partir de biomassa residual florestal, resultante “exclusivamente da limpeza dos sobrantes das explorações florestais”, nomeadamente das que predominam na região, “pinho, eucalipto e acácia”. “Não iremos recepcionar nem árvores nem trocos em nenhuma das duas unidades”, frisa aquele administrador.

A central eléctrica utilizará uma tecnologia escandinava - “funcionará por pulverização de farinha de biomassa florestal” - que “permite garantir o total cumprimento das futuras normas ambientais na União Europeia” e que a tornará na “primeira e única central existente na Península Ibérica com esta tecnologia”, realça Rui Carreira.

Além de fornecer energia eléctrica para a rede, no âmbito de um contrato de 25 anos com o Estado, a central irá também abastecer a CMC Biomassa em energia térmica, “tradicionalmente desperdiçada por este tipo de centrais e que assim viabilizará a unidade extractiva”.

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