Sociedade
Investigadores do Politécnico de Leiria querem optimizar processo de obtenção de mel em pó
A “nova solução em estudo aposta na substituição dos agentes encapsulantes utilizados, por soluções com baixo valor energético, sem sabor distinguível e baixo teor de sódio”.
O projecto de investigadores do Instituto Politécnico de Leiria, que visa optimizar o processo de obtenção de mel em pó foi um dos contemplados com Bolsas de Ignição financiada pelo INOV C 2020.
Optimizar o processo de obtenção de mel em pó, assegurando a estabilidade, qualidade e segurança do mesmo é o objectivo do de investigação levado a cabo por uma equipa de investigadores do Instituto Politécnico de Leiria.
“O mel é tradicionalmente comercializado em Portugal, no seu estado líquido ou sólido. No entanto, a crescente procura por parte das empresas do aumento de valor acrescentado dos produtos alimentares, leva à necessidade de desenvolver novas formas de comercialização do mel. A produção de mel em pó já é uma realidade fora de Portugal”, explica a investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Instituto Politécnico de Leiria, Maria Manuel Gil, citada na nota de imprensa.
No entanto, “para a obtenção de mel em pó são vulgarmente utilizados agentes encapsulantes à base de amido, levando a que o produto final não apresente as benéficas características nutricionais do mel puro”, acrescenta a responsável, referindo que a “nova solução em estudo aposta na substituição dos agentes encapsulantes utilizados, por soluções com baixo valor energético, sem sabor distinguível e baixo teor de sódio”.
Para os investigadores a “produção de mel em pó constitui uma oportunidade para obtenção de novos produtos de valor acrescentado, com grande impacto na economia e imagem do sector”. Além disso, esta nova oferta “favorece o consumidor, na medida em que permite explorar outras aplicações na sua alimentação, como substituto de açúcar no café, chá ou até mesmo para utilização no sector da panificação e pastelaria”.
Do consórcio INOV C 2020, liderado pela Universidade de Coimbra, fazem parte dez parceiros: o Instituto Politécnico de Coimbra, o Instituto Politécnico de Leiria, o Instituto Politécnico de Tomar, o Instituto Pedro Nunes, o ITeCons, o SerQ, a ABAP, a Obitec e o TagusValley.
O INOV C 2020 é um projecto co-financiado pelo Centro 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), que tem como objectivo consolidar a Região Centro enquanto referência nacional na criação de produtos e serviços resultantes de actividades de Investigação & Desenvolvimento.