Sociedade

Insegurança do talude na encosta do cemitério obriga a nova retirada de moradores em Leiria

31 dez 2022 16:19

Regresso a casa só após estudo geotécnico e estabilização do talude.

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Os moradores deste edifício voltaram a ser obrigados a abandonar as suas casas
Ricardo Graça/Arquivo

Os 11 moradores de um edifício da Rua de São Miguel, junto ao Instituto do Emprego e Formação Profissional, em Leiria, voltaram a ser obrigados a abandonar as suas casas, por tempo indeterminado, devido à instabilidade de um talude na encosta do cemitério.

Segundo Luís Lopes, os moradores foram notificados ontem, sexta-feira, ao final do dia, e desde então "ninguém pode permanecer no edifício, como medida de precaução".

O vereador da Protecção Civil do Município de Leiria explicou que desde a movimentação de uma massa rochosa no talude do cemitério, que embateu nas traseiras do edifício, que os técnicos da Câmara de Leiria continuaram a acompanhar a situação.

Foi ainda solicitada uma vistoria a engenheiros do Politécnico de Leiria, que colaboram com o Município.

“Todos concordaram que o talude não oferece estabilidade e são necessárias medidas mais severas, por precaução”, afirmou ao JORNAL DE LEIRIA Luís Lopes.

O acesso ao edifício está condicionado. “As pessoas podem ir apenas buscar bens pessoais ou alimentação. Preferimos jogar pelo seguro, pois está em causa a queda do talude. Pode não acontecer, mas optámos pela precaução”, realçou.

Luís Lopes adiantou que reuniu hoje, juntamente com o vereador Ricardo Santos, com o condomínio e com o empreiteiro para explicar a situação, até porque “existe muita pressão de construção naquele terreno”.

“Vai ser realizado um estudo geotécnico e os proprietários terão de proceder à estabilização do talude”, revelou ainda o vereador, informando que o terreno é privado, pelo que deverão ser os seus proprietários a intervir nele.

No entanto, Luís Lopes admitiu que a autarquia poderá assumir os trabalhos, mas insiste: “a nossa obrigação é notificar. O terreno tem dono”.

Na madrugada de terça-feira, 11 moradores foram deslocados como medida de precaução, após o deslocamento de uma massa rochosa, que atingiu as traseiras de um edifício na encosta do cemitério de Leiria, sem provocar “quaisquer danos” na estrutura, disse na altura Luís Lopes.

Após uma vistoria preliminar da autarquia, os moradores foram autorizados a regressar, impedidos, contudo, de aceder às traseiras do edifício.

A instabilidade que se continua a verificar levou o Município a garantir a segurança dos moradores.