Viver
Grupos de folclore apresentam Andores, Ofertas e Fogaças no Agromuseu Municipal
12.º aniversário do espaço museológico
O Agromuseu Municipal Dona Julinha, da responsabilidade do Município de Leiria, inaugurou, no dia 27 de Junho, a exposição “Andores, Ofertas e Fogaças”, no âmbito do 12.º aniversário daquele núcleo museológico interpretativo e interativo dedicado à cultura rural.
A exposição é constituída por 20 peças, devidamente ornamentas por 18 grupos de folclore do concelho de Leiria, estando as mesmas expostas pelas várias salas do Agromuseu, permitindo ao visitante conhecer, em simultâneo, o acervo patente assim como as peças simbólicas das festas e romarias: andores, ofertas e fogaças.
A sessão de inauguração contou com um momento etnográfico promovido pelo Rancho Folclórico Vale do Lis (Barreiros, Amor), mostrando aos visitantes, na eira, como era a britada de pinhões. Usaram da palavra Adélio Amaro, responsável pela programação do Agromuseu, que salientou a importância de “valorizar a etnografia através do conhecimento, sendo importante este projeto conjunto dos grupos de folclore em parceria com o Agromuseu e o Município de Leiria.
Só assim foi possível, com a dedicação das pessoas que fazem parte destes grupos, mostrar um pouco da nossa tradição religiosa, através dos seus usos e costumes”. Adélio Amaro acrescentou, ainda, que “esta é uma das iniciativas que fazem parte do programa projetado até ao fim do ano, tendo em conta as limitações que a Covid obriga, mas que não faz os grupos de folclore desistirem da sua essência que é valorizar as tradições do povo rural”.
Cristina Cruz, coordenadora do Agromuseu, explicou aos presentes como este nasceu, referindo que “é um espaço aberto para todas as gerações e que apresenta condições para o convívio aliado ao conhecimento”.
Em representação dos grupos de folclore usou da palavra Diamantino Gordo, etnógrafo com grande conhecimento da Alta Estremadura, que explicou, aos presentes, as funções dos andores, das ofertas e das fogaças, dizendo que “na nossa região este tipo de peça era comum nas festas religiosas e consequentes procissões, apresentando algumas diferenças de freguesia para freguesia, e que serviam para transportar as mais variadas oferendas, essencialmente produtos de origem agrícola.
É importante deixar esse registo através de exposições como esta para que não se esqueça a nossa identidade”.
Na inauguração também marcou presença a presidente da União de Freguesias do Souto da Carpalhosa e Ortigosa, Eulália Crespo, que sublinhou a importância de ter o Agromuseu na Ortigosa e que o mesmo “deve ser promovido e valorizado para que mais pessoas o possam conhecer”, acrescentando o “papel importante dos ranchos folclóricos”. O curto momento de intervenções foi encerrado pelo vereador Carlos Palheira que enalteceu o trabelho desenvolvido pelo Agromuseu e que “iniciativas como esta exposição valorizam o papel do Agromuseu como espaço da comunidade e que consegue conciliar parcerias com os grupos de folclore e outras instituições”.
A exposição está patente durante os meses de Julho e Agosto e pode ser visitada de segunda a sexta-feira das 14 às 17 horas, assim como no domingo 4 de Julho e nos sábados 10 e 24 de Julho, no mesmo horário.
Ranchos participantes:
Rancho As Tecedeiras da Bidoeira de Cima
Rancho da Região de Leiria
Rancho Folclórico da Barreira
Rancho Folclórico da Costa, Maceira
Rancho Folclórico da Maceira
Rancho Folclórico de Parceiros
Rancho Folclórico de São Guilherme, Magueigia, Santa Catarina da Serra
Rancho Folclórico do Freixial
Rancho Folclórico do Grupo Alegre e Unido da Bajouca
Rancho Folclórico dos Soutos, Caranguejeira
Rancho Folclórico e Etnográfico do Souto da Carpalhosa
Rancho Folclórico Flores de Verde Pinho, Coimbrão
Rancho Folclórico Juventude Amiga de Conqueiros, Souto da Carpalhosa
Rancho Folclórico Rodas Viva do Telheiro, Maceira
Rancho Folclórico Rosas da Alegria, Sismaria, Monte Redondo
Rancho Folclórico Rosas do Lis, Carreira
Rancho Folclórico Vale do Lis, Barreiros, Amor
Rancho Típico da Boa Vista
Adélio Amaro