Sociedade
Funcionários da Escola Profissional de Leiria preocupados com alienação do alvará
Em carta aberta, pessoal docente e não docente questiona razão pela qual autarquia não assumiu o corte de 15% de financiamento
"É com profunda indignação e tristeza que o corpo docente e não docente da Escola Profissional de Leiria (EPL) vem a público manifestar a sua preocupação perante a decisão de alienar a nossa escola em hasta pública, decisão esta tomada por unanimidade pelo Conselho da Fundação em Junho de 2025, sem que tenha havido qualquer comunicação atempada aos profissionais que diariamente constroem o seu valor e reputação."
É assim que começa uma carta aberta assinada pela pessoal docente e não docente da EPL e enviada ao JORNAL DE LEIRIA.
Os funcionários lamentam ainda que a Câmara Municipal de Leiria, "uma das entidades promotoras da EPL, tenha decidido não assumir os 15% de corte orçamental que decorrem do facto da escola ser propriedade de uma Fundação Pública, comprometendo assim a sustentabilidade financeira da instituição".
"Esta decisão leva-nos inevitavelmente a concluir que o projecto educativo da EPL não constitui uma prioridade para o actual projecto político desta Câmara, o que nos causa profunda preocupação e desapontamento", lê-se na missiva.
Considerando que a EPL tem sido "um referencial de qualidade educativa, reconhecida pelo seu trabalho meritório", os funcionários afirmam que ficaram perplexos com a forma como o processo foi conduzido, "à margem do diálogo e da partilha de informação, ignorando o respeito que deve existir por uma comunidade educativa que tanto contribuiu para o prestígio da Instituição e para o desenvolvimento local e regional".
Reafirmando a disponibilidade para o diálogo, o corpo docente e não docente da EPL apela "à revisão desta decisão e à consideração do impacto humano, social e educativo que ela representa".