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Festival Caldas Nice Jazz aposta na programação portuguesa em ano de pandemia
O festival encerra a 7 de Novembro com a cantora Maria João, conhecida pela flexibilidade vocal e sua capacidade de improvisação.
O Festival Caldas Nice Jazz realiza-se de 29 de Outubro a 7 de Nnovembro nas Caldas da Rainha com os portugueses Edmar Castaneda & Gregoire Maret, Daniel Bernardes e Maria João devido à pandemia, foi hoje anunciado.
O Festival Internacional Caldas Nice Jazz "teve necessidade de redesenhar toda a sua programação face à Covid-19 e, sobrevivendo aos constrangimentos da pandemia, apresenta um programa com nomes conceituados do Jazz, maioritariamente portugueses", é referido em nota de imprensa.
O festival arranca a 29 de Outubro, com a voz Manuel Linhares, uma das referências actuais do jazz em Portugal que trabalhou com nomes como José Mário Branco, Rui Veloso, Sofia Ribeiro, Pedro Moreira, Claus Nymark, Lars Arens, Michael Lauren, Paulo Perfeito, Carlos Azevedo, David Linx, Grzegorz Karnas, Jeff Cascaro, Rhiannon, Rebecca Martin, Becca Stevens, Gretchen Parlato e Bobby McFerrin.
No dia seguinte, é a vez de Lokomotiv, projecto do contrabaixista Carlos Barretto, com o guitarrista Mário Delgado e o baterista José Salgueiro, que assinala este ano os 20 anos de carreira.
O Caldas Nice Jazz prossegue a 31 de Outubro com Edmar Castaneda & Gregoire Maret, um harpista com reconhecido valor mundial e um tocador de harmónica vencedor de um Grammy.
A 5 de Janeiro, a Orquestra de Jazz de Matosinhos, que aposta em repertório português, apresenta-se em concerto, o terceiro neste festival internacional.
Um dia depois, atuam o pianista Daniel Bernardes & Drumming GP - Grupo de Percussão, dirigido por Miquel Bernat, nomes da música contemporânea que cruzam experiências musicais, para a apresentação do seu álbum Liturgia dos Pássaros.
Daniel Bernardes alia a espontaneidade do jazz, ao lirismo do repertório de piano clássico e, neste projecto, lança-se ao desafio de escrever composições influenciado pelo compositor francês Olivier Messiaen, prestando homenagem ao patriarca da música contemporânea, pioneiro do serialismo, que indicou novos caminhos à geração de compositores que lhe sucedeu, como Pierre Boulez ou Karlheinz Stockhausen.
O festival encerra a 7 de Novembro com a cantora Maria João, conhecida pela flexibilidade vocal e sua capacidade de improvisação.
Os concertos, com entradas entre os 7,5 e os 12,5 euros cada um, realizam-se no auditório do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, que adquiriu equipamentos tecnológicos para a higienização das salas para o combate à Covid-19.
O festival conta ainda com dois concertos gratuitos, no Terminal Rodoviário da cidade, destinados à sensibilização de novos públicos, a conferência Quando o Jazz se fez português, pelos investigadores e divulgadores João Moreira dos Santos e João Carlos Calixto, e um workshop sobre improvisação e criatividade vocal por Manuel Linhares.