Sociedade
Fábio Bernardino: "os meus gostos musicais vão do mais tradicional ao mais moderno. Uma banda: os Coldplay"
Esta semana, na Impressão Digital, o vigário de Leiria e Cruz da Areia.
Uma pergunta inevitável: se não fosse padre, seria...
Como desde cedo coloquei a questão do sacerdócio, acabei por não “sonhar” muito com outras profissões. Sempre dominei mais a área das humanidades e por isso talvez me situasse por aí, como professor ou investigador, tipo isso…
Sobre a vocação: nunca tem dúvidas e raramente se engana?
Confiei a Deus o caminho da minha vida. Também me engano e tenho dúvidas, mas se é aqui que Ele me quer, confio.
É muito dependente de novas tecnologias?
São uma mais-valia, claro, mas gostava de conseguir usá-las menos vezes…
De que gadgets não abdica mesmo no dia a dia?
Do telemóvel e do computador. Preciso frequentemente deles no meu trabalho de todos os dias. O que não quer dizer que, de vez em quando, não exagere na sua utilização, em detrimento de outras ocupações mais saudáveis.
Pecado favorito?
Como é óbvio, queria deixar de pecar, mas o pecado é uma realidade na vida de qualquer cristão, também da minha. Preguiça, gula, vaidade, soberba… uma manta de retalhos…
Quando precisa de alimentar a gula, prefere...
A comida portuguesa, no geral: um cozido, um bife, uma sopa… mas também gosto muito de fast-food. Não sou muito requintado, no que à comida diz respeito.
Costuma cozinhar para si próprio?
Cozinho ainda pouco para mim próprio, porque até agora ainda não tive grande necessidade e, por isso, a minha habilidade na cozinha é irrelevante.
Com que idade começou a falar lá em casa de vestir a batina?
Desde muito jovem, aí pelos 10/11 anos. Como sou de uma família católica e praticante, as reacções foram sempre positivas.
Um padre também se pode dar ao luxo de ter vícios?
Há vícios mais prejudiciais que outros… no entanto, se é vício, não é saudável, e por isso, como qualquer pessoa, devo lutar contra eles.
De que vícios não consegue escapar?
Talvez o mais grave seja, muitas vezes, enveredar pelo caminho da crítica não construtiva, em vez de edificar.
Para preencher o tempo livre: a) uma consola de jogos b) um livro c) um passeio a pé.
Como não sou muito de jogos interactivos, escolheria as duas outras opções, preconizando o conhecido adágio: mente sã em corpo são.
O filme que mais o marcou até hoje.
Não sei se consigo dizer um filme apenas, mas, para lembrar um bastante recente, menciono o Twelve Years a Slave, pelo impacto que me causou tanta atrocidade cometida contra a dignidade humana.
Em que circunstâncias perde a compostura?
Perante as injustiças e faltas de respeito.
Quando vê jogos de futebol, costuma praguejar?
Não sou grande adepto nem me deixo inflamar muito por futebol, mas admito ser benfiquista e admirador da Seleção Nacional, ou seja, gosto que ganhem. Pouco mais que isso…
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