Viver

Exposições: Entre Espaços

9 mai 2025 13:30

No Banco das Artes Galeria (BAG) em Leiria

Entre Espaços, de Gabriel e Gilberto Colaço
Entre Espaços, de Gabriel e Gilberto Colaço
BAG
Entre Espaços, de Gabriel e Gilberto Colaço
Entre Espaços, de Gabriel e Gilberto Colaço
BAG
Entre Espaços, de Gabriel e Gilberto Colaço
Entre Espaços, de Gabriel e Gilberto Colaço
BAG

Até 14 de Setembro de 2025

Arte contemporânea

Artistas: Gabriel e Gilberto Colaço

Curadoria: Alberto Guerreiro

Banco das Artes Galeria, Leiria

Até 14 de Setembro de 2025

Serão estes prados periurbanos, pontificados por arquitecturas emersas em planícies fixas ou oscilantes, que nos fazem reflectir ou até questionar sobre a sobrevivência desta nossa efémera contemporaneidade? Será que escondem em si a transitoriedade da culturalização sobre a natureza, algo que nos posiciona num tempo futuro?

Premissas conceptuais que a proposta expositiva de Gabriel e Gilberto Colaço nos lançam ao encontro de uma ideia de território com reprodução de múltiplos filtros e olhares complementares: espaço- -natureza, espaço-urbano e espaço-neutro. Para os artistas, o território não é uma realidade imóvel. É antes um processo de transformação: mudança e movimento.

Partindo de uma produção que envolve um conjunto de suportes mais usuais como o desenho ou a pintura em interacção com novos meios e técnicas de instalação inscritos no metaverso artístico como a impressão digital, a presente exposição sugere um diálogo visual e conceptual que desafia o observador a refletir sobre a sua própria ideia de território e de como, sim ou não, se deixa influenciar por ele.

Percorremos uma narrativa evolutiva ou degenerativa consoante a liberdade interpretativa do observador: da distopia dos destroços amontoados em sintonia com a torre de vigilância que abre o circuito expositivo, caminhamos gradualmente para a utopia das paisagens nuas, limpas e verdejantes, onde mesmo as ilhas flutuantes edificadas, supostamente, se apresentam pacificadas.

Uma narrativa progressiva que parte da materialização para a fragmentação até à desmaterialização final da substância territorial perspectivando por essa via um recomeço. Uma nova realidade paralela que emergiu de um território que o último Homem abandonou para o salvar.

Texto: Banco das Artes Galeria (BAG)