Economia

Em Portugal, 12% das empresas estrangeiras são francesas

27 mar 2017 00:00

É o segundo país de origem do capital estrangeiro investido em Portugal

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Raquel de Sousa Silva

França mantém uma posição de topo na economia portuguesa, onde 12% das empresas estrangeiras são francesas. É o segundo país de origem do capital estrangeiro investido no nosso país, onde o stock de investimento soma 28 mil milhões de euros (Espanha lidera, com 91 mil milhões). Estas são algumas das conclusões do estudo Marca Portugal: o contributo das empresas portuguesas, recentemente apresentado.

De acordo com o documento, em 2015 França investiu em Portugal oito mil milhões de euros, o que faz dela o primeiro investidor estrangeiro em Portugal em termos de investimento indirecto. É o quinto quando se fala de investimento directo. A presença francesa no nosso país sente-se também no distrito de Leiria, onde há várias empresas de capital gaulês.

De acordo com o mesmo estudo, as filiais francesas com presença em Portugal ocupam o segundo lugar, depois de Espanha, em termos do número de empresas (582), empregados (61 598 postos de trabalho) e volume de negócios (14 274 mil milhões de euros).

Mas desde 2014, a França “lidera o pódio dos países com filiais em Portugal que mais dinheiro geraram” nos sectores da informação e comunicação, transportes e armazenagem, construção e imobiliário, indústria e comércio, posição anteriormente ocupada por Espanha.

O Valor Acrescentado Bruto (VAB) gerado pelas filiais francesas foi de 4,5 mil milhões de euros, 25% do total gerado por empresas estrangeiras em Portugal. E cresceu 12,3% entre 2010 e 2015. Porquê? “Os investidores franceses mostraram confiança no país, prosseguindo os seus investimentos”, aponta o documento.

Por outro lado, as áreas nas quais Espanha mais investe, como a construção civil, sofreram o impacto da crise entre 2010 e 2014, período durante o qual as empresas gaulesas em Portugal cresceram 2,5%. “Nos anos da troika, Espanha perdeu força e reduziu em mais de 26% o investimento em Portugal”, explica o documento.

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