Sociedade

Contestadas “telas plásticas” nas margens do Baça e do Alcoa

13 abr 2025 12:00

Vereador do Ambiente sublinha que são "telas biodegradáveis"

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DR
Daniela Franco Sousa

O grupo de ambientalistas Guardiões do Mar Alcobaça e Nazaré criticam que, aquando da limpeza das margens dos rios do Baça e do Alcoa, tenha sido colocada, em determinados locais, uma suposta “manta orgânica”, “que possivelmente seria muito pouco poluente, mas que foi erradamente colocada acabando por provocar poluição que devia ser evitada”.

“A referida manta supostamente orgânica, foi colocada em cima de uma rede fina de plástico que por sua vez foi colocada em cima de uma manta fina de plástico preto.” “A utilização de plástico na margem de um rio leva a que o plástico vá parar ao rio. Mesmo que o plástico seja muito fino e a sua decomposição se efectue com alguma rapidez, vai provocar milhões de partículas de plástico, nomeadamente as micropartículas vão escorrer para a água do rio, transportadas pela água da chuva, ou pelo vento, contaminando assim as águas do rio e consequente contaminando a água do mar”, refere ainda António de Lemos, membro do grupo.

“A prevenção na origem é um aspecto crucial para enfrentar o desafio da poluição por microplástico o que neste caso não foi tido em conta”, nota o ambientalista. Do seu ponto de vista, a Câmara Municipal de Alcobaça deve retirar as telas das margens dos rios.

Contactado pelo JL, Paulo Mateus, vereador do Ambiente, reforça que se trata de “telas biodegradáveis, onde foram embutidas sementes. As telas irão desaparecer e as plantas vão germinar”. Recorde-se que a limpeza do leito e taludes, estabilização e reforço de taludes, tratamento e recuperação de comportas e açudes dos Rios Alcoa e Baça, foi adjudicada a uma empresa privada, num investimento superior a um milhão de euros.