Sociedade
Cobrança de 'portagens' para entrar na Berlenga adiada
Proposta de portaria, que devia ter entrado ontem em vigor, impunha também um limite de 600 visitantes por dia

Fica, para já, sem efeito a portaria que, hoje, dia 15, deveria entrar em vigor, fixando o limite máximo de 600 turistas por dia na ilha da Berlenga e a aplicação de uma taxa aos visitantes.
A garantia foi dada pelo ministro do Ambiente ao presidente da Câmara de Peniche, durante uma reunião realizada na semana passada, onde o governante assumiu ainda a “vontade” de dar aos municípios um papel mais activo na gestão das áreas protegidas.
Segundo António José Correia, autarca de Peniche, o ministro “veio ao encontro da deliberação do município”, contestando a entrada em vigor de qualquer portaria “neste momento”.
“O ministro assegurou que a portaria não será publicada, ficando, por isso, sem efeito. Deu ainda indicações de que vai mexer no papel dos municípios nos conselhos estratégicos de reserva”, adianta o autarca, revelando que o município está “interessado” em participar na gestão da área protegida.
Segundo o autarca, a câmara concorda com a definição da “capacidade de carga”, através da imposição de limites ao número de visitantes, mas considera que se deve determinar também “como e quem vai controlar”.
Nesse sentido, António José Correia entende que é “fundamental” encontrar um modelo de gestão para a reserva, onde admite que a aplicação de taxas venha a ser considerada.
O edil frisa, no entanto, que quem suporta “custos significativos na Berlenga é o município, com a recolha de resíduos e o seu transporte para terra, o tratamento das águas residuais e a limpeza”. Por isso, defende que o modelo de gestão tem de considerar “quem recebe o quê e de quem”.
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.