Sociedade
Casal detido por burlar idosos alegava troca de notas e de ouro em Leiria
Suspeitos terão sido os autores de dezenas de burlas. GNR vai investigar outras denúncias
A história pode ser difícil de acreditar, mas para alguns idosos vulneráveis é fácil de cair no conto do vigário. Um casal, com 49 e 52 anos, deslocava-se a casa de pessoas com mais idade e, por vezes, abordando-os na rua junto às suas habitações, convencia-os a trocar as notas de euros e informava-os de que as peças de ouro necessitavam de renovação e troca.
A conversa era suficiente para convencer os mais vulneráveis e o Comando Territorial da GNR de Leiria tem dezenas de participações pelo crime de burla.
Esta segunda-feira, o casal foi detido pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Leiria à chegada a Leiria, após ter alegadamente burlado mais vítimas, em Coimbra.
No âmbito de uma investigação que decorria há "cerca de dois meses, por crimes de burla, ocorridos nos distritos de Leiria e Coimbra, os militares da Guarda realizaram diligências policiais que permitiram interceptar os suspeitos, culminando na realização de uma busca ao veículo e na apreensão de artigos em ouro, proveniente das burlas, que se encontravam na posse dos suspeitos, motivo que levou às suas detenções".
No decorrer da acção policial foi possível apreender 19 artigos em ouro, 400 euros em numerário e um veículo.
Segundo o comandante do Destacamento Territorial de Leiria, Daniel Matos, o casal é suspeito de dezenas de crimes de burlas consumadas no distrito de Leiria e de Coimbra e a GNR vai investigar outras burlas, cujos autores podem ser estes dois detidos.
Terão ainda havido outras tentativas de burla, que acabaram por não se concretizar.
"Temos tido algumas burlas no distrito e por isso iniciámos uma investigação. Pelo modus operandi e pela descrição das vítimas poderemos ter encontrado os autores de todos estes crimes", admitiu ao JORNAL DE LEIRIA Daniel Matos.
Segundo a agência Lusa, os arguidos residem no concelho de Alcobaça e vão ser sujeitos a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial de Mira, em Coimbra, onde terão cometido a última burla.