AUTÁRQUICAS 2021
Carlos Breda concorre pelo Chega a Pombal
“Foi debaixo de alguma pressão que aceitei candidatar-me por Pombal, porque gosto de desafios e de batalhas"
Carlos Breda, 60 anos, é o candidato do Chega à Câmara Municipal de Pombal, e elege como objectivo conquistar uma autarquia, que é liderada pelo PSD há três décadas.
“Foi debaixo de alguma pressão que aceitei candidatar-me por Pombal, porque gosto de desafios e de batalhas. Esta câmara é PSD há 30 anos e pretendo conquistá-la. Se não conseguir, pelo menos, um vereador sei que vou garantir”, assumiu Carlos Breda.
Engenheiro topógrafo, a sua actividade profissional fá-lo “conhecer bem o território de Pombal e até Leiria”.
Considera, por isso, que é “preciso uma certa dinâmica”, uma vez que “Pombal está um pouco adormecido”.
Uma das principais mudanças que considera urgente alterar é a aprovação das licenças de construção.
“Em vez de esse sector ficar com o presidente ou com os vereadores, daria a um arquitecto e a um engenheiro a liberdade de aprovarem os projetos. Demora-se muito tempo a aprovar projectos”, constatou.
O candidato defendeu ainda que, tendo o aval dos técnicos, os projectos não precisariam de ainda ir à reunião de câmara.
“Temos grandes empresas que aguardam meses por licenças e podem desistir”, alertou.
Para tornar o processo mais rápido, Carlos Breda considerou também “fundamental atualizar o SIG - Sistema de Informação Geográfica”, evitando deslocações dos técnicos aos locais para confirmar a informação que consta nos projectos.
Carlos Breda adiantou que o Chega “teve uma boa votação em Pombal, mas pode ir ainda mais longe”.
“Estou aqui para fazer a mudança. Não está tudo mal, mas é preciso dinamizar e criar apoios às empresas”, salientou.
Os idosos também merecem a atenção do candidato, que idealiza criar uma “aldeia” em substituição dos lares.
“As pessoas teriam todo o apoio, mas cada uma poderia ter a sua casa, o seu espaço e toda a liberdade, o que não se vê nos lares”, afirmou.
Carlos Breda, que admitiu já ter ouvido críticas por ser da Mealhada e candidatar-se a Pombal, no distrito de Leiria, reforçou que não precisa da “política para nada” e que aceitou este concelho pelo “desafio” e por acreditar que “pode fazer a diferença”.
Trabalhou alguns anos nos Estados Unidos da América e em França, experiência que entende ser uma “mais-valia”, “não só para a profissão”, mas também “como inovação”.
“Sei bem como funciona lá fora e é preciso mudar mentalidades para haver mudanças e Portugal precisa disso”, rematou.
Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD venceu com 46,33% dos votos, conquistando cinco mandatos.
O movimento independente Narciso Mota - Pombal Humano somou 24,39%, garantindo três mandatos, enquanto o PS obteve 11,66% da votação, conquistando um mandato.
Ainda sem data marcada, as eleições autárquicas dever-se-ão realizar em Setembro.