Sociedade

Campanha 54'': LaBaq defende que a chave está na educação da nova geração

8 nov 2020 14:47

Durante todos os 54 dias de duração da campanha, serão apresentados novos filmes, à velocidade de um a cada 24 horas

Clique em cima na imagem para ver o vídeo

A cantora e compositora paulista Larissa Baq, ou apenas LaBaq, entende que a chave para pôr fim à violência doméstica está na educação dos jovens. "Educar em prol do respeito e do amor. Não importa o género, cor, raça..."

Artista da música indie brasileira, esta é a sua contribuição para o projecto 54' - cinquenta e quatro minutos, promovida pela União de Freguesias de Marrazes e Barosa, no concelho de Leiria.

A campanha de sensibilização, a que o JORNAL DE LEIRIA também se aliou, dá pelo nome de 54' e parte das conclusões de um estudo que revela que "54 minutos" é o tempo livre que cada mulher tem para si durante as 24 horas de um dia.

Este e outros dados podem ser lidos em As mulheres em Portugal, hoje, publicação editada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Durante todos os 54 dias de duração da campanha, serão apresentados novos filmes, à velocidade de um a cada 24 horas.

“O 54' tem como objectivos principais promover a minimização e eliminação de comportamentos violentos e de representações e estereótipos subjacentes à violência contra as mulheres e promover mudanças de atitudes e comportamentos com vista à valorização do respeito e igualdade”, explica Catarina Dias, secretária da Junta de Marrazes e responsável pelo projecto, que tem o apoio do Município de Leiria.

A campanha é o resultado de um desafio lançado a 54 pessoas, colectivos e instituições do campo artístico, maioritariamente, da área de abrangência da Rede Cultura 2027, da intervenção social e outros de destaque e relevo na comunidade. 

Biografia
LaBaq nasceu em 1988 e iniciou-se na música aos 12 anos. Autodidacta, estudou viola e guitarra, vindo a seguir a estudar trompete com Fausto Henrique (Projecto Guri, Franca/SP) e percussão com Dinho Goncalves (Souza Lima, São Paulo/SP).

Foi sidewoman de diversos projectos, antes de se dedicar inteiramente à sua carreira autoral, sendo a guitarra eléctrica o instrumento onde mais encontrou a versatilidade e a qual também possui a sua identidade.

Como produtora cultural, co-criou em 2016 o Festival Sonora, actualmente a acontecer em 65 cidades e 15 países, sendo um festival com foco na mulher na música e estando à frente da edição de São Paulo/SP, na curadoria e produção executiva, ao lado de Roberta Youssef, a sua sócia na produtora Crua Música.

Fonte: Casa da Música