Economia
Brexit: empresários entre a expectativa e a tranquilidade
Reino Unido é o quarto destino das exportações de Leiria.
Uns estão expectantes e admitem algum receio. Outros garantem estar “absolutamente tranquilos” quanto aos impactos da saída do Reino Unido da União Europeia. Os empresários ouvidos pelo JORNAL DE LEIRIA garantem não ter ainda sentido efeitos desta decisão, mas alguns admitem que no futuro possa ser mais difícil vender para aquele que é actualmente o quarto destino das exportações do distrito. No ano passado, vendeu para este mercado 125,8 milhões, sobretudo em produtos alimentares e agrícolas, minerais e minérios, máquinas e aparelhos, entre outros (ver gráfico).
“Estamos expectantes, para não dizer apreensivos”, admite Elsa Almeida, gerente da Perpétua, Pereira e Almeida. A cerâmica de Alcobaça estava precisamente a tentar reforçar a sua quota no mercado inglês, mas agora será preciso “aguardar a evolução da situação”. “Com a desvalorização da libra poderá ser complicado fazer negócios. Depois, é preciso ver se no futuro haverá ou não taxas à importação”, diz a empresária.
“Até agora não sentimos qualquer reacção dos clientes”, refere Nuno Graça, da Jomazé. “A desvalorização da libra torna os produtos mais caros e os compradores tenderão a pressionar os fornecedores a suportar essa diferença”, diz. Por outro lado, “Se no futuro houver taxas à importação passamos a ter custos que não tínhamos até agora. Para não falar da burocracia que passará a haver para vender para este mercado”, diz o responsável da cerâmica de Alcobaça. Para Nuno Graça, contudo, “o principal problema é o temor que a saída do Reino Unido da UE gera de que outros países queiram fazer o mesmo”.
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