Sociedade

Bicicletas eléctricas disponíveis em Leiria para retirar carros da cidade

4 abr 2024 17:48

A atribuição das bicicletas, que têm uma autonomia de aproximadamente 130 quilómetros, será feita por ordem de inscrição.

bicicletas-eletricas-disponiveis-em-leiria-para-retirar-carros-da-cidade
Sistema inclui 150 bicicletas eléctricas, 20 docas e estações de carregamento
Município de Leiria
Redacção/Agência Lusa

O Município de Leiria lançou hoje o sistema de bicicletas eléctricas partilhadas com o objectivo de retirar veículos da zona urbana da cidade, disse à agência Lusa o vereador Luís Lopes.

O sistema, que está disponível a partir de hoje, inclui 150 bicicletas elétricas, 20 docas e estações de carregamento.

A utilização é gratuita, mas os candidatos terão de pagar uma caução de 100 euros, que é devolvida quando terminar o período de utilização.

“O grande objetivo da 'Biclis' é retirar carros no centro da cidade”, sublinhou o vereador, que tem, entre outros, o pelouro da Mobilidade.

Segundo o autarca, durante os próximos 30 dias está aberto o período de inscrições para aquisição das bicicletas, que têm uma autonomia de aproximadamente 130 quilómetros.

Luís Lopes explicou que não se trata de um serviço de aluguer à hora, mas de fidelização a este modo de mobilidade suave.

“Na prática, as pessoas vão candidatar-se a receber uma bicicleta no valor de 1.500 euros, entre três a seis meses para utilização diária, estando espalhadas por toda a cidade 20 estações de carregamento gratuito, incluindo o Hospital de Leiria e o LeiriaShopping”, precisou.

O regulamento prevê a renovação por igual período, basta que para tal a pessoa o solicite, num processo que é praticamente automático através da plataforma da 'Biclis'.

“Temos acesso a todos os dados de utilização da bicicleta. Se não tiver utilização durante o período em que está cedida, é recuperada para ser disponibilizada a outra pessoa que efetivamente a utilize”, argumentou Luís Lopes.

Para o vereador, pretende-se que “as bicicletas tenham uma efectiva utilização e que seja entendido como uma transformação ou como uma mudança do modo de vida naquilo que diz respeito à mobilidade”.

“Mais do que termos um meio disponível por um curto período, é que efetivamente isto seja uma transformação na mobilidade das pessoas e que passem a olhar para a bicicleta como um meio, quase permanente, de mobilidade dentro do espaço urbano”, reforçou.

Luís Lopes considerou que o objectivo é o de as pessoas reconhecerem a bicicleta como sua e assumirem uma “efectiva mudança naquilo que são os hábitos que têm”.

“Para nós, isso é absolutamente crucial, até pelo número de automóveis que temos a circular na cidade e que tem sido a tendência nacional relativamente aos últimos dados que são conhecidos”, disse ainda.

As bicicletas têm um procedimento de manutenção e reparação e um seguro garantidos pelo Município de Leiria.

Para o vereador, esta é uma das medidas de “mobilidade urbana sustentável, que é um dos grandes objetivos do futuro e que irá contribuir decisivamente para reduzir, primeiro, o número de veículos a circular em espaço urbano e, depois, também melhorar aquilo que é a redução de emissões gasosas dentro do espaço urbano com tudo o que isso implica”.

Para já, a Câmara de Leiria adquiriu 150 bicicletas, número que Luís Lopes acredita que irá esgotar rapidamente.

"Por isso, também já estamos a acompanhar esta publicação de avisos, nomeadamente ao Fundo Ambiental, que garantem financiamento para aquisição de bicicletas desta tipologia, para depois analisarmos o alargamento do sistema de bicicletas”, revelou.

A Câmara de Leiria adquiriu também bicicletas para os colaboradores da Câmara que as queiram utilizar nas suas deslocações “quer nos serviços de fiscalização ou outros dentro da área urbana”.

“Portanto, vamos também explorar esta lógica de mobilidade dentro do próprio município”, assegurou.

Apesar de a prioridade ser a zona urbana, Luís Lopes garantiu que não há impedimento algum para qualquer pessoa de uma freguesia rural se poder candidatar.

O projeto conta com um investimento de 738 mil euros acrescidos de IVA, financiado em 85% por fundos comunitários.