Desporto
Balatcha jamais marcará um golo, mas sem ele não haveria tanta União
Fomos conhecer o muito popular técnico de equipamentos da União de Leiria. Diz quem sabe que tem um peso superlativo no normal funcionamento da equipa sénior de futebol.
Na linguagem de treinador da bola, os resultados não são apenas conseguidos pelos onze que estão dentro de campo. O mérito das vitórias é, por norma, dividido pelo “grupo de trabalho”.
As estrelas, os titulares, os que entram às vezes, os que raramente jogam e os que 'nunca calçam' acabam por ter o seu grau de influência e são, mais cedo ou mais tarde, citados numa qualquer conferência de imprensa.
E depois há Balatcha! A União Desportiva de Leiria luta pela subida à 2.ª Liga de futebol e não foi o empate deste domingo, em Castelo Branco, que fez com que a esperança esmorecesse.
Todos continuam a acreditar nas defesas impossíveis de Márcio Paiva, nos cortes providenciais de Benny, na velocidade estonteante de Kirill, nos talentos de passe e finta de Bruno Jordão ou na eficácia de finalização de Joeano. No entanto, além deles, há outra figura “muito importante” para o sucesso da equipa de Jorge Casquilha.
Se fosse à baliza seriam frangos atrás de frangos. Se marcasse grandes penalidades o mais certo seria o guarda-redes defender ou nem sequer acertar na baliza. Se jogasse a meio campo não teria pulmão para aguentar sequer 15 minutos, quanto mais uma partida inteira.
Mas Bruno Ribeiro, o tal Balatcha, tem um papel preponderante no dia-a-dia da equipa sénior profissional da União de Leiria.
Não é mais do que o técnico de equipamento – vulgo roupeiro – mas é muito mais do que isso. “Tudo o que precisam, eu estou lá.” Não se limita a lavar a roupa, a engraxar as chuteiras e a colocar tudo no sítio certo para que no treino e no jogo tudo esteja pronto e nada falhe.
Os atletas sabem que com ele há profissionalismo, mas também boa disposição. Com eles sorri nas vitórias e chora nas derrotas, não fosse ele unionista dos sete costados.
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