Sociedade
Bacia de retenção de cheias pode resultar em novo parque urbano em Pombal
Em Outubro de 2006, viveu-se “evento do século”, com as ribeiras subterrâneas a transbordar, entulhadas com detritos, pedras e lamas vindas de montante
Até ao dia 2 de Novembro, está em fase de apreciação pública, no portal Participa, a criação de uma bacia cuja função é impedir a repetição da inundação que Pombal viveu em 2006.
“Parte da cidade está sem luz, há calçadas levantadas, caves de ediícios inundadas e supermercados danicados”, descrevia o então presidente da câmara, Narciso Mota, naquele 25 de Outubro.
Falou-se em “evento do século”, com as ribeiras subterrâneas a transbordar, entulhadas com detritos, pedras e lamas vindas de montante.
Para evitar a repetição do cenário, a Agência Portuguesa do Ambiente planeia a construção de uma bacia de “amortecimento e regularização” das ribeiras do Vale, de Outeiro das Galegas e do Castelo.
Segundo o Estudo de Impacto Ambiental, a solução passa por um “paramento junto ao IC8”, opção “mais económica e com muito maior volume de encaixe, com uma localização que permite (…) a criação de um parque urbano de qualidade que, assim, terá funções não só hidráulicas como estéticas e de lazer para a população local”.
A obra, contudo, não agrada na totalidade aos ambientalistas do Grupo Protecção Sicó que prevêem uma barragem com vários metros de altura, “expropriações”, o redimensionamento de túneis que atravessam a cidade e alteração do curso natural das linhas de água.
Sérgio Medeiros ilustra com o exemplo do túnel junto ao hospital que “passará a fazer um ângulo de 90º”.
Os ambientalistas prometem um parecer com uma análise mais profunda.