Autárquicas 2025
Autárquicas: Candidatura da AD quer impugnar votação nas Caldas da Rainha por irregularidades
O social-democrata Hugo Oliveira disse à agência Lusa que na freguesia de Nossa Senhora do Pópulo [que tem o maior número de eleitores do concelho] foram violadas, pelo menos, urnas em três mesas de voto

A candidatura da Aliança Democrática (AD) à Câmara das Caldas da Rainha, vai pedir a impugnação do acto eleitoral neste concelho, alegando que foram violadas urnas em pelo menos três mesas do voto.
O cabeça-de-lista da coligação, o social-democrata Hugo Oliveira, disse à agência Lusa que na freguesia de Nossa Senhora do Pópulo [que tem o maior número de eleitores do concelho] foram violadas, pelo menos, urnas em três mesas de voto”.
O também deputado afirmou ter “fotos, vídeos e testemunhas” de que as urnas terão sido abertas “para mexer lá dentro”, já depois de ali terem sido colocados votos.
“Temos vídeos com pessoas a mexerem dentro das urnas”, sublinhou, considerando tratar-se de “uma irregularidade insanável” que leva a candidatura a impugnar as eleições no concelho das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.
As eleições de domingo, nas Caldas da Rainha, deram a vitória ao Movimento Independente Vamos Mudar (VM), que recandidatou o atual presidente Vítor Marques.
O VM conquistou em 2021 a autarquia que desde o 25 de Abril era liderada pelo PSD.
Nestas eleições o movimento independente conseguiu 9.460 votos (37,67%), elegendo o presidente e dois vereadores. A lista integrava elementos do PS, partido que optou por não apresentar candidatura própria.
A AD (PSD/CDS-PP) conseguiu 9.320 votos (37,11% da votação) e elegeu três vereadores para o executivo. O Chega elegeu também, pela primeira vez, um vereador.
À Lusa Hugo Oliveira afirmou “reconhecer a derrota” e esclareceu que a impugnação das eleições não tem a ver com os resultados obtidos pela coligação.
Mas, afirmou, “não deixa de ser caricato [alguém mexer no votos] quando estamos a falar de uma eleição autárquica, não de uma eleição para a associação de estudantes”.
Defendendo que “tem que haver respeito e sentido de responsabilidade” o social-democrata afirmou que irá apresentar queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que “seguirá o processo e tomará as duas decisões”, concluiu.