Sociedade
Autarca de Figueiró dos Vinhos reivindica remuneração para territórios que asseguram serviços de ecossistemas
Jorge Abreu lembrou que os serviços de ecossistemas em Portugal são assegurados pelos territórios de baixa densidade
Figueiró dos Vinhos celebrou ontem o Dia do Município e, na sessão solene que assinalou esta efeméride, o presidente da autarquia reivindicou a “respectiva remuneração ou quadro de benefícios” para os territórios que asseguram os serviços de ecossistemas.
“Os designados serviços de ecossistemas que beneficiam todos os portugueses são assegurados pelos territórios de baixa densidade e é tempo, de uma vez por todas, de haver esse reconhecimento e criar-se a respectiva remuneração ou quadro de benefícios a atribuír a estes territórios”, afirmou Jorge Abreu.
Aproveitando a presença de Oliver Ropke, presidente do Comité Económico e Social Europeu, o autarca figueiroense lembrou que a população dos territórios de baixa densidade exerce “uma função que, infelizmente, a falta de visão que existiu durante muitos anos de diversos governos, nunca lhes permitiu reconhecer”.
“Refiro-me à função de gestores do território, visto como um país na sua globalidade, e de todos os recursos a eles associados", pode ler-se no discurso enviado ao JORNAL DE LEIRIA.
“Quem assegura a gestão dos territórios do interior e salvaguarda os diversos serviços que estes proporcionam do ponto de vista ecológico, ambiental, de produção de energias renováveis, de fixação de carbono, de gestão dos recursos hídricos, fundamentais no abastecimento de água das grandes áreas metropolitanas do País?”, retorquiu o presidente, ao lembrar que territórios “sem pessoas ou sem investimento ficam mais vulneráveis aos factores de risco”, dando o exemplo dos incêndios que assolaram o norte do distrito em 2017.
Também perante a presença de Isabel Damasceno, presidente da CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro), o presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos frisou o investimento realizado nos últimos anos nas áreas da economia, ensino, habitação, ambiente e ordenamento florestal, turismo e cultura.
“Em dez anos, falamos no total de cerca de 14 milhões de euros de investimento público e 21 milhões de euros de investimento privado. Valores de investimento sem precedentes no nosso concelho”, destacou o edil.
A celebração do Dia do Concelho ficou marcada também pelas inaugurações do Centro Municipal de Protecção Civil e da obra de requalificação do entroncamento na rua dos Bombeiros Voluntários.
