Economia
Aumento do desemprego é ameaça da indústria 4.0
Podendo ser uma oportunidade para novos voos, encerra também ameaças que é preciso encarar
Internet of things, machine-to-machine, digitalização, realidade aumentada, materiais inteligentes... Podem parecer palavrões que nada nos interessam, mas a realidade está aí para demonstrar o contrário.
Estes são alguns dos conceitos da chamada indústria 4.0, que se caracteriza pela introdução de um conjunto de tecnologias digitais nos processos de produção, na relação com o cliente ou no modelo de negócio. Podendo ser uma oportunidade para novos voos, encerra também ameaças que é preciso encarar.
Uma delas é o aumento “significativo” do desemprego, alertou Rui Tocha num workshop realizado segunda-feira na Marinha Grande.
O director-geral do Centimfe lembrou que no último Fórum Económico de Davos o assunto foi discutido e se admitiu que a inovação tecnológica associada à indústria 4.0 poderá colocar em risco cinco milhões de postos de trabalho até 2020, em todo o mundo. “Temos de requalificar as pessoas para que os impactos não se sintam tanto”.
Também para Vasco Lagarto, do cluster TICE (Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica), o principal desafio associado à nova revolução será mais em termos sociais do que tecnológicos.
“Os recursos humanos têm de ser capacitados para enfrentar este desafio”, pelo que se impõem mudanças no sistema de ensino e uma maior cooperação entre este e as empresas.
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