Sociedade
Associações fazem embrulhos e criam laços de solidariedade
Escuteiros embrulham presentes para se darem a conhecer e angariar fundos
Associações e escuteiros aproveitam a época do Natal para se darem a conhecer à comunidade e angariar fundos, ao mesmo tempo que prestam um serviço voluntário, embrulhando os presentes em algumas lojas.
O Agrupamento 1198 de Santo Agostinho foi convidado este ano para estar no Darty. Guilherme Carvalho, escuteiro desde pequenino, está habituado aos embrulhos, embora nesta loja surjam alguns desafios: um plasma de tamanho XXL ou uma trotineta foram alguns dos presentes que embrulhou.
“Não olhamos ao que as pessoas dão. Mas a maioria dá gratificação. Tudo o que vem é bem-vindo”, assume.
A azáfama das compras é grande à medida que a noite de Natal se aproxima e os escuteiros não têm mãos a medir. “Este ano fazemos 25 anos e estamos a planear fazer uma actividade nos Açores – o Acagrup -, portanto o valor da angariação dos donativos ajudará a suportar as despesas”, revela.
O JORNAL DE LEIRIA acompanhou o trabalho dos escuteiros e a interacção com as pessoas. A maioria teve curiosidade em perguntar de onde eram e deixar um ‘miminho’ na caixinha. Mas houve também quem utilizasse o MB Way não deixando de contribuir com uma pequena ajuda.
“É bom estarem aqui a ajudar-nos a embrulhar os presentes. Uma moedinha não custa nada e é uma forma de ajudar as actividades deles. Os embrulhos estão muito bem. Eu não faria melhor”, afirma Tânia Pereira, uma cliente que fez questão de ir ao carro buscar um pequeno donativo.
Gonçalo Marques, chefe dos caminheiros, acrescenta que os escuteiros mais novos também gostam de participar, nem que seja apenas para tirar os preços. “Esta é uma actividade que já fazemos há cerca de dez anos e o princípio sempre foi não querer substituir ninguém. Fazêmo-lo sempre com o espírito de comunidade. Claro que é uma forma de angariar fundos, mas não é tanto por isso que estamos lá, mas é para demonstrar a nossa disponibilidade à comunidade”, destaca.
A poucos metros, voluntários da associação Effectus não tinham mãos a medir para embrulhar os presentes de quem comprava na Fnac ou no Continente. Flávio Soares agradece o convite destas empresas. “Nesta altura do Natal há sempre uma predisposição para uma generosidade maior. Há sempre quem não dê nada, mas a maioria das pessoas deixa uma moedinha ou até uma notinha”, revela o presidente da Effectus.
Segundo conta, esta presença é importante para dar a conhecer o trabalho que a Effectus desenvolve e “que não é feito por mais nenhuma outra instituição na região”.