Viver

Arte na prisão. A semente da Bienal de Veneza a inspirar reclusos em Leiria

4 dez 2025 10:00

Para transformar muros em portas de esperança, o projecto da Santa Sé levou artistas ao encontro dos jovens do EPL-J e das mulheres na cadeia de Tires, com o apoio de um mecenas privado e da galeria Zet

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Durante a cerimónia (28 de Novembro) com o cardeal José Tolentino de Mendonça e a ministra Rita Júdice
Ricardo Graça

De que vale a arte na cadeia? Apesar de ter apenas 19 anos, Gonçalo Velosa já pode responder à pergunta: está há oito meses detido e é um dos 11 rapazes que assinam o mural pintado no interior do Estabelecimento Prisional de Leiria-Jovens (EPL-J). Sobre o fundo amarelo com 22 metros de comprimento e dois metros de altura, entre elementos geométricos, figurativos e esfumados de outras cores, destaca-se o diamante por lapidar que representa diferentes fases da vida dos reclusos. “Quanto mais escavamos e vamos procurar, aparece o brilho que as pessoas, de fora, não conseguem logo ver”.

Não é a primeira vez e não será a última que o EPL-J – conhecido, por exemplo, pelo programa Ópera na Prisão, da SAMP – utiliza “a arte” como “instrumento de inclusão”, explica a directora, Joana Patuleia, que vê um sinal de “esperança” na obra criada com a ajuda do artista Ilídio Candja Candja e apresentada sexta-feira, 28 de Novembro, na presença da ministra da Justiça, Rita Júdice, e do cardeal José Tolentino de Mendonça, que actualmente ocupa no Vaticano o cargo de Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação.

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