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Anunciado o programa do maior Cistermúsica de sempre
Na 30ª edição do festival, estão previstos 50 concertos em vários pontos do país
O Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça comemora este ano a 30.ª edição com a maior programação da história do evento, marcada por 50 concertos a apresentar em vários pontos do país ao longo de mais de um mês.
O festival decorre este ano sob o tema “Amores proibidos” com uma programação que celebra “histórias de amor como a de D. Pedro e D. Inês, a de Romeu e Julieta, mas também outro amores, mais ou menos consentidos e que acabaram melhor ou pior”, afirmou o director artístico do Cistermúsica, André Cunha Leal, durante a apresentação da programação, realizada hoje no Mosteiro de Alcobaça, o principal palco do evento.
Com arranque marcado para o dia 30, o festival regressa este ano ao formato tradicional (depois de nos dois anos anteriores ter sido realizado em moldes adaptados à pandemia de Covid-19) com uma programação que, até 6 de Agosto, oferece um leque de experiências artísticas e sonoras.
O cartaz inclui concertos que, segundo o director artístico, “percorrem séculos de história musical”, mas também espectáculos de criação contemporânea e formações que vão da música de câmara à ópera, recitais, concertos sinfónicos, fado, jazz, gospel e dança.
De entre os grandes espectáculos, o programador destaca a gala lírica Amores Proibidos, concerto de abertura marcado para o dia 1 de Julho, com a Orquestra de Câmara Portuguesa, no palco da Cerca do Mosteiro.
A programação principal integra ainda um recital de piano com Artur Pizarro (3 de Julho), Voces Celestes & Real Câmara com Paul Agnew (8 de Julho), vários ensembles vocais, quartetos de cordas da Coreia do Sul e de Portugal e coros cistercienses.
Os concertos sinfónicos da Orquestra Filarmónica Portuguesa (a 22 de Julho), da Orquestra Metropolitana de Lisboa (24), da Orquestra XXI (29) e da Jovem Orquestra Portuguesa (4 de Agosto) são outros dos destaques da programação agendada para a Cerca do Mosteiro.
Da programação principal constam ainda a ópera de Alexandre Delgado O Doido e a Morte e o concerto encenado, com música do mesmo compositor, Rei Lear, a partir da tragédia de Shakespeare.
A esta programação juntam-se os espectáculos “júnior e famílias”, assentes sobretudo nas produções dos cerca de 600 alunos da Academia de Música de Alcobaça, e a programação “Outros Mundos”, que leva a Alcobaça formações de jazz da Suíça, um trio de acordeões da Polónia, a portuguesa Cristina Branco convidada pela Cister Meta Orchestra e o bailado Romeu e Julieta, interpretado pelo Quorum Ballet.
Nas propostas de “Outros Mundos” lugar ainda para o espetáculo Remember Jobim, um recital de harpa de Angélica Salvi, o concerto do americano John Pizzarelli a cantar Nat King Cole e, a fechar, o concerto sinfónico da Banda de Alcobaça com Sofia Escobar como convidada.
O festival alarga também este ano a sua vertente de espectáculos em rede, com dois concertos em Lisboa e espectáculos em Porto de Mós, Marinha Grande, Batalha, Coimbra, Oeiras, Mação, Odivelas, Évora, Arouca, Penacova, Santarém, São Pedro do Sul e Figueira da Foz.
Dados que fazem deste “o maior evento que o Cistermúsica já apresentou, o maior festival do género em Portugal e a edição com maior orçamento de sempre”, afirmou Rui Morais, diretor-geral do certame que conta este ano com um orçamento de 425 mil euros, o que reflecte um crescimento de 16% face à última edição.
Desta verba 123.510 euros são financiados pela Direção-Geral das Artes, 129.500 oriundos de patrocínios e 60 mil euros comparticipados pela Câmara de Alcobaça, contribuindo as restantes autarquias onde se realizam concertos com uma verba de 58.500 euros.
O Cistermúsica conta ainda realizar cerca de 30 mil euros em receitas de bilheteira e, segundo Rui Morais, “recuperar o número de espectadores pré-pandemia”, atraindo cerca de oito mil espectadores.