Sociedade
Antigo Instituto da Vinha e do Vinho de Leiria vai dar lugar a espaço criativo
Município de Leiria vai assumir gestão do imóvel com o objectivo de o recuperar e transformar num espaço ligado às indústrias criativas e culturais.
Devolutas há vários anos, as antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) em Leiria, localizadas junto à estação de caminhos-de-ferro, vai passar para a alçada do município. O objectivo é recuperar o imóvel e transformá-lo num espaço dedicado às indústrias culturais e criativa, explicou na vereadora Anabela Graça, durante a reunião de executivo, realizada esta tarde.
A titular da pasta da cultura alega que não existem “redundâncias” de espaços com estas características, como questionaram os vereadores do PSD.
“Será um espaço mais amplo, que dará resposta a um conjunto de artes performativas e plásticas, onde, por exemplo, os escultores possam desenvolver trabalhos ou os grupos de teatro façam ensaios ou construam cenários”, avançou Anabela Graça.
A vereadora da cultura salvaguarda, no entanto, que o programa para o espaço, que definirá como será usado e que áreas acolherá, será “construído com os agentes culturais e os artistas”.
“O espaço tem muito potencial nesta área. Iremos valorizar este património através das artes”, promete a autarca, que realça ainda a importância que o projecto tem na recuperação de um imóvel que “tem muita história para contar”.
Do imóvel fazem parte uma área coberta de 2.293 metros quadrados e uma descoberta de 2.745 m2. O objectivo do município é intervir nos edifícios e no espaço envolvente, com vista à constituição de um espaço criativo, “a ser ocupado com infra-estruturas directamente geridas pela autarquia e pelo movimento associativo cultural do concelho”.
Numa nota de imprensa, a câmara realça ainda que a intervenção permitirá “desenvolver uma estratégia cultural local diferenciadora, assente na inovação e na criatividade, contribuindo para a dinamização dos valores culturais e para a aposta em espaços de criação e de divulgação artística de valor económico acrescentado”.
Sem de oporem à transferência do imóvel para o município, os vereadores do PSD, pela voz de Daniel Marques, chamaram a atenção para a necessidade de dar uso ao património. “Comprar e não dar utilização não parece a forma correcta de gerir”, afirmou o autarca, lembrando que, nos últimos anos, a câmara “acumulou património”, mas que algum continua sem ocupação.