Desporto
Andebol de Leiria em risco de ser gerido a partir de Lisboa
A Associação de Andebol não tem candidatos para substituir Mário Bernardes, que não vai a votos. Se não aparecer uma lista, a associação corre o risco de ser gerida pela Federação.
A Associação de Andebol de Leiria (AAL) não tem candidatos para substituir Mário Bernardes, que dirige a instituição há quase 20 anos. O dirigente já fez saber que não se recandidata e após a realização de uma Assembleia Geral para eleger uma nova direcção não apareceu qualquer lista.
Com a nova época à porta, se a situação não se inverter, Leiria corre o risco de ver a Federação de Andebol de Portugal assumir, a partir de Lisboa, a gestão da Associação, nomeando directores para o efeito.
Mário Bernardes explica que a sua vida profissional mudou e deixou de “ter tempo”, pelo que não tem condições para continuar à frente da AAL, onde não era remunerado. “Também já é tempo de dar a vez a outros e de aparecer gente nova, com outras ideias. O mandato termina este ano e quisemos antecipar as eleições para que uma nova direcção pudesse começar já a preparar a próxima época, mas não apareceram listas”, afirma.
A preocupação do presidente foi aprovar as contas – passaram com a abstenção dos clubes -, para deixar esse assunto resolvido. “Levantaram-se alguns problemas, porque mudámos de técnico de contas e o novo gabinete não estava ainda muito por dentro do funcionamento de uma associação”, justifica Mário Bernardes, garantindo que prestou todos os esclarecimentos pedidos, embora admita que a prestação de contas foi feita “um bocado à pressa”, precisamente para se poder marcar eleições.
Os dois principais clubes de Leiria, Juve Lis e Sismaria, consideram que tem havido um “marasmo nos últimos anos”, o que não entusiasma e até trava o aparecimento de interessados para assumir o cargo de presidente.
Célia Afra considera que são os “clubes o motor do andebol da região” e que a associação não contribuiu para o “crescimento da modalidade”. “Não aparecem novos clubes, nem técnicos de formação” e a gestão “limita-se à organização de provas. São os clubes que têm feito o seu grande trabalho”, lamenta.
“Não são os clubes que estão em desarmonia com a associação. Houve muito laxismo da parte da associação. O Mário tem uma lógica que se cinge à gestão do dia-adia. Não houve trabalho que permitisse
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