Editorial
Tanto engenho e tão pouca arte
Assim a cru, pode ser, sem dúvida, uma boa notícia para o movimento associativo cultural do concelho e da região
A Câmara Municipal de Leiria anunciou esta semana que vai assumir a gestão das antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), um imóvel com mais de 5.000 metros quadrados, que está abandonado há vários anos, e que fica nas proximidades da estação ferroviária.
O objectivo, segundo a autarquia, é instalar ali um ‘hub’ criativo, com disponibilização de espaços de trabalho, de investigação e desenvolvimento e de áreas para residências artísticas, espectáculos e formação.
A notícia, assim a cru, pode ser, sem dúvida, uma boa notícia para o movimento associativo cultural do concelho e da região.
Mas, tendo em conta o passado, e alguns contornos recentes, é normal que se levantem algumas reticências quanto à verdadeira intenção do município, ou melhor, quanto à estratégia que está (ou não) subjacente a mais este anúncio de projecto.
Recuemos a Novembro de 2016.
Nessa data, foi anunciada a compra do edifício do antigo Paço Episcopal, para instalar a loja do cidadão, no espaço antes ocupado por uma loja de roupa.
Para os pisos inferiores, onde chegaram a funcionar duas salas de cinema, foi aventada a hipótese de se criar uma zona para actividades culturais.
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