Opinião
Será que estamos bem de Saúde?
Há uma resposta muito deficiente das redes de cuidados continuados, cada vez mais necessária, e paliativos face a um contexto de uma população mais envelhecida e de aumento de doenças crónicas.
Por estes últimos tempos tem sido por demais evidente a degradação continuada de vários serviços públicos, nomeadamente um dos que mais diz aos portugueses, a Saúde. Bem prega o Ministro, e mais alguns propagandistas, de que tudo está muito bem e que não passa de invenção a situação caótica a que muitos serviços, em vários hospitais, chegaram.
Aliás, para quem dúvidas tivesse é só ouvir as razões que têm levado médicos, directores, chefes de serviço e departamento, a apresentarem o seu pedido de demissão, por considerarem que os seus serviços não reúnem as condições para um atendimento normal. Andou bem, por tudo isto, o PSD ao apresentar a sua proposta para uma política de saúde em Portugal, pois começa a ser inadmissível as situações a que assistimos e que se podem traduzir nalguns números macro muito preocupantes.
Aliás, primeiro não devemos esquecer, já que alguns tanto nos lembram a Constituição, que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi criado para garantir a toda a população o acesso a cuidados de saúde, de forma universal e gratuita (hoje tendencialmente gratuito).
Assim, em 2017 ainda havia uma lista de espera para cirurgias que ultrapassava os 231.000 utentes, sendo que o tempo médio para uma primeira consulta de especialidade (indispensável para a inscrição na cirurgia) é de 4 meses. Existiam, em final de 2017, cerca de 711.000 pessoas sem acesso a médico de família.
Há uma resposta muito deficiente das redes de cuidados continuados, cada vez mais necessária, e paliativos face a um contexto de uma população mais envelhecida e de aumento de doenças crónicas.
A este propósito recordar que o Distrito de Leiria ainda não oferece nenhuma unidade de cuidados paliativos. Registar que o Orçamento para a Saúde tem vindo a aumentar nos últimos anos e já se cifra em cerca de 10 mil milhões de euros no Orçamento de Estado, não represen
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