Opinião

Pequenas mentiras

25 jul 2017 00:00

As piores mentiras são aquelas que contamos a nós próprios.

Esta frase poder-se-ia aplicar ao nosso País e sua “psique”. Tão depressa acreditamos que somos o pior povo do mundo, como estamos convictos que vivemos o “Quinto Império”.

Culpamos os políticos pelos nossos problemas e acreditamos que esta classe não reflete a nossa própria insuficiência.

As tragédias e acontecimentos recentes que puseram a nu a questão do SIRESP ou o roubo de armas em Tancos, refletem uma falta de organização e gestão profissional no nosso País (e, talvez, negócios feitos pelas razões erradas).

Por vezes, preferimos fechar os olhos e “acreditar” que tudo vai correr bem, em vez de planear para toda e qualquer possível falha.

Outra “mentira” recente é acreditar que o problema económico de Portugal se resolverá com a vontade indomável dos portugueses e das suas empresas.

Por melhores que sejam os recentes resultados económicos de Portugal, a zona Euro tem um problema de construção, já que existe uma política monetária, mas não existe uma verdadeira política económica e fiscal comum.

Esse fenómeno reflete-se tanto no absurdo superavit comercial da Alemanha como na estagnação ou baixo crescimento dos países do sul. Sem uma maior integração económica (transferências, pool de dívidas, ministérios das finanças e economia europeus, etc.) isto nunca será possível.

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.

*Diretor executivo da D. Dinis Business School e docente do IPLeiria

Texto escrito de acordo com a nova ortografia