Opinião

Não nos tapem o sol

9 dez 2016 00:00

Se é certo que o apoio à atividade empresarial e à criação de emprego é desejável, a realidade mostra que o mínimo que se exige aos responsáveis políticos é que não dificultem a vida às empresas

É famoso o diálogo entre Alexandre, o Grande, e o filósofo Diógenes, quando à pergunta “o que poderia fazer por ele”, e não se apercebendo que lhe estaria a fazer sombra, Diógenes teria respondido “não me tires o que não me podes dar”, ou seja, não me tapes o sol. Esta história ajuda a explicar aquela que é a expectativa dos empresários, e não só, quanto ao papel do Estado.

Se é certo que o apoio à atividade empresarial e à criação de emprego é desejável, a realidade mostra que o mínimo que se exige aos responsáveis políticos é que não dificultem a vida às empresas no papel insubstituível que têm na dinamização da nossa economia e no contributo que dão para o desenvolvimento do país.

Porém, o excesso de voluntarismo de uns, a juntar às agendas político-ideológicas de outros, fazem com que esta máxima de Diógenes - “não me dificultes a vida” – seja vezes de mais posta em causa para prejuízo de todos. Há vários exemplos que o demonstram: desde a elevada carga fiscal das empresas, aos enormes custos de contexto que prejudicam a nossa competitividade, à pesada burocracia com que as empresas têm de se confrontar, a uma legislação laboral que olha para o mercado de trabalho como se o mundo conforme o conhecemos não tivesse mudado radicalmente nas últimas décadas.

*Deputada do PSD
*Texto escrito de acordo com a nova ortografia

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