Opinião
(Não) Negócios Estrangeiros
Será que duas empresas que competem pelo mercado podem cooperar ou só podem competir?
Uma das primeiras missões dos professores da área de Gestão é mostrar aos estudantes que o mundo dos negócios é, essencialmente, competitivo. Uma empresa precisa de estar atenta e moldar as suas ações tendo em conta as medidas tomadas pelos concorrentes.
A própria palavra “concorrente” remete para entidades a competir pelo mesmo objeto, neste caso o mercado. No entanto, se o mundo dos negócios é competitivo, a cooperação não é menos importante.
Os arranjos cooperativos – como as alianças estratégicas entre fornecedores e clientes – são há muito utilizadas e estudadas, com benefícios claros. Mas será que duas empresas que competem pelo mercado podem cooperar ou só podem competir?
A prática mostra-nos que sim, podem cooperar, e que o fazem com frequência. Exemplo desse comportamento são as empresas de automóveis que desenvolvem motores ou automóveis em conjunto, e depois os vendem separadamente, cada um sob a sua marca.
A teoria chama a isto “coopetição”, ou seja a adoção de comportamentos de cooperação num contexto competitivo para gerar vantagem para as empresas que cooperam. Ocorreu-me esta distinção quando, a propósito da recente Cimeira da NATO em Bruxelas, ouvi Donald Trump referir-se a Vladimir Putin como &ldqu
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