Opinião

Música | Máximo em Leiria – Absolutamente a não perder

12 jan 2024 09:28

Isto ainda agora vai no início, mas era capaz de apostar tudo na roleta, em como vamos ouvir falar muito deste grande talento nos próximos anos

Em março de 2023 regressei ao Lux, em Lisboa. Um acontecimento. Não só porque já não ia lá há muito tempo, como ia rever muitos amigos na apresentação do álbum Greatest Hits de Máximo Francisco, que vem agora a Leiria, no dia 21 de janeiro, para dar início ao ciclo de concertos Capítulo, no Museu de Leiria, em 2024.

Naquela quinta-feira de março viveram-se momentos de grande emoção, com o recital que Máximo ofereceu à imensa plateia, falando sobre cada tema, com uma simplicidade e gentileza tocantes. Máximo é um pianista. Um artista, que ainda agora vai no início da carreira e já tem o seu nome referenciado nas principais publicações nacionais, partilhando palcos com Xinobi, The Legendary Tigerman, Jibóia e Sequin.

A música de Máximo anda ali entre Bill Evans, Herbie Hancock, Ryuichi Sakamoto, Chilly Gonzales, Debussy, Ravel e Erik Satie, compositores que admira e que o influenciaram na composição dos temas que poderemos ouvir em breve no Museu de Leiria, num cenário perfeito para uma apresentação desta qualidade.

Sempre que ouvimos Greatest Hits, título com alguma ironia, descobrimos algo de novo, seja no jazz, seja na música contemporânea. E há um nome, que me parece relevante mencionar: Joe Hisaishi, compositor japonês, autor de muitas bandas-sonoras dos filmes de Hayao Miyazaki, co-fundador do Studio Ghibli. Não sei se o pianista Máximo concorda, mas a sua música, por vezes, leva-me para aquele universo de fantasia, mas com temáticas tão reais e humanistas.

Depois da Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, Máximo está a estudar composição de jazz na Codarts Rotterdam. Isto ainda agora vai no início, como referi, mas era capaz de apostar tudo na roleta, em como vamos ouvir falar muito deste grande talento nos próximos anos. No dia 21 de janeiro, às 18:30, com entrada livre, no Museu de Leiria, teremos oportunidade de comprovar isto tudo ao vivo, e registar o momento na nossa memória para mais tarde podermos contar que assistimos a um recital do Máximo em 2024, para uma plateia de privilegiados, Sim, escutar a música de Máximo é um privilégio. Então, até dia 21 de janeiro!