Opinião
Leiria Centro Exportador 2019
Ou seja, o continente asiático tem conquistado quota de mercado aos norte-americanos, ao passo que a Europa mantém, ainda hoje, a mesma importância que tinha em 1948
Ao contrário do que o termo «globalização» possa sugerir, o comércio internacional de bens não é global, mas sim regional.
Cerca de 70% das exportações europeias de mercadorias são feitas entre países europeus. Metade das exportações da América do Norte realiza-se entre os próprios países da América do Norte, e o mesmo acontece no continente asiático.
Ou seja, 84% das exportações mundiais de mercadorias ocorrem num contexto de reduzida diversificação regional.
Exportações de Mercadorias (em % dólar)
Regiões |
1948 |
2014 |
América do Norte |
28,1 |
13,5 |
Ásia |
14,0 |
32,0 |
Europa |
35,1 |
36,8 |
América Central e do Sul |
11,3 |
3,8 |
África |
7,3 |
3,0 |
Médio Oriente |
2,0 |
7,0 |
Fonte: International Trade Statistics, 2015 (OMC)
Além da sua concentração regional, o comércio internacional tem revelado uma outra característica geoeconómica. Desde o fim da Segunda Guerra, a América do Norte (EUA) e a Ásia (China) têm invertido a sua importância relativa no comércio mundial.
Ou seja, o continente asiático tem conquistado quota de mercado aos norte-americanos, ao passo que a Europa mantém, ainda hoje, a mesma importância que tinha em 1948 (ver tabela).
Portanto, é no âmbito dessa envolvente contextual que as empresas fazem os seus negócios internacionais. Num mundo regionalizado e com o epicentro cada vez mais deslocado para o lado asiático do planeta.
Para uma pequena economia como a portuguesa, a expansão dos negócios exige a entrada em mercados externos. Mas
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