Opinião

Hiroshima

2 jun 2016 00:00

E assim, pela primeira e única vez na História da Humanidade, foram utilizadas armas nucleares contra populações civis.

6 de Agosto de 1945. O bombardeiro norte americano Enola Gay sobrevoa Hiroshima. Às 8h e 15m lança em pleno centro da cidade a bomba atómica “Little Boy” que causou de imediato a morte de 75.000 pessoas e ferimentos em cerca de 90.000, sendo que grande parte desses feridos vieram a morrer posteriormente. A 9 de Agosto o horror repete-se. Uma nova bomba é lançada sobre outra cidade japonesa, agora em Nagasaki, espalhando a morte e a destruição.

A segunda guerra mundial estava a chegar ao fim. A 2 de Maio Berlim havia sido ocupada pelos soviéticos e a 8 de Maio fora assinado o acto definitivo de capitulação da Alemanha, pondo termo à guerra na Europa. Mas a guerra prosseguiu no Pacífico, apesar dos Estados Unidos se terem apoderado de Manila em Fevereiro de 1945 e, em Abril, terem destruído a frota Japonesa na Batalha de Okinawa.

No entanto o Japão não se havia ainda rendido. Para terminar rapidamente com a guerra e numa ostensiva demonstração de poder, o então Presidente dos Estados Unidos, Henry Truman, ordenou o lançamento de duas bombas de destruição massiva sobre as referidas cidades de Hiroshima e Nagasaki. E assim, pela primeira e única vez na História da Humanidade, foram utilizadas armas nucleares contra populações civis.

As consequências foram devastadoras e monstruosas. Não se limitaram à morte e destruição que então causaram mas prolongaram-se no tempo. Os sobreviventes transmitiram às gerações futuras mutações genéticas causadas pelas radiações das bombas. Foi o Horror Absoluto!

*Advogada

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