Opinião
Fim de uma época a esquecer?
Devido ao que tem acontecido ultimamente na política em Portugal e, particularmente, face ao desespero desaçaimado das direitas, é que muita gente se interroga se este ano de 2016 será o primeiro de uma nova era ou o último de um ciclo para esquecer.
O Orçamento de Estado (OE) para 2016 foi aprovado no Parlamento, ao contrário do que esperavam os profetas da desgraça. A esquerda, afastada do poder há 41 anos, mostrou que também tem sentido de Estado e sabe honrar os seus compromissos.
É um orçamento responsável e realista, de pequena margem expansionista, porque a economia do País não dá para mais. Como dizia há dias o prof. Pedro Biscaia, numa sessão de apresentação em Leiria, é um OE de sobriedade. Eu acrescentaria que é também um OE que inverte, no bom sentido, a justiça redistributiva. Devido ao que tem acontecido ultimamente na política em Portugal e, particularmente, face ao desespero desaçaimado das direitas, é que muita gente se interroga se este ano de 2016 será o primeiro de uma nova era ou o último de um ciclo para esquecer.
António Barreto, num interessante artigo publicado 151.º aniversário do Diário de Notícias, também se interroga, mas acredita que se esteja na primeira hipótese, desde que se verifique um vasto conjunto de exigências para pôr fim aos nossos grandes males, de que destaco: “a submissão aos ditames dos credores; o maior endividamento da nossa história; a falta de capital; a emigração elevada; a persistente incapacidade de criar emprego; a muito pronunciada desigualdade social e económica; o enorme défice cultural e educativo; a crispação política em clima de partidocracia (…)”.
*Economista
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