Opinião
Empreendedorismo e limonada
Paradoxalmente, esta CE quer agora castigar o Estado português que havia seguido as suas indicações (que de facto, agora, até se tem afastado de algumas das suas prescrições).
Numa semana de dados económicos relevantes (dados sobre o desemprego e o défice de 2015) seria fácil apontar as contradições de políticas – principalmente as da Comissão Europeia (CE), já que um governo (o anterior) que seguiu as fórmulas exigidas por esta não conseguiu atingir os resultados de défice esperados em 2015. Paradoxalmente, esta CE quer agora castigar o Estado português que havia seguido as suas indicações (que de facto, agora, até se tem afastado de algumas das suas prescrições).
Não vou entrar num outro paradoxo que é uma CE liberal que proíbe qualquer tipo de favorecimento aos privados (como ajudas a bancos e companhias aéreas), mas favorece entidades específicas em privatizações/vendas. Permita-me então o leitor uma deriva mais conceptual para o fenómeno do empreendedorismo. Sabemos hoje que a educação para o empreendedorismo deve começar muito mais cedo do que no ensino superior (onde, muitas vezes, os alunos chegam já com o “receio inscrito no seu ADN”).
Este tema deve ser abordado no ensino básico, secundário, permitindo aos alunos explorar ideias, pensar o negócio e em todas as vicissitudes necessárias para o fazer crescer. De facto, muitas escolas e entidades perceberam a importância desta questão e, nos últimos dez anos, a promoção do empreendedorismo tem sido parte integrante dos
curricula (formal ou informalmente).
*Membro do Conselho de Administração da D. Dinis Business School e docente do IPLeiria
Texto escrito de acordo com a nova ortografia
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